Saiba de onde surgiu a ideia de produzir a minissérie 'Amor em 4 atos', da Globo

Rodrigo Teixeira sempre admirou Chico Buarque, mas a ideia de fazer um projeto relacionado às canções do músico surgiu depois que ele assistiu ao show de Mônica Salmaso, em 2008. A apresentação composta apenas por músicas do compositor inspirou Rodrigo na nova empreitada. “Falei com algumas pessoas sobre a ideia de comprar os direitos de músicas do Chico para fazer um projeto multimídia. Um belo dia, o Luiz Schwarcz, editor da ‘Companhia das Letras’, me ligou e disse que havia marcado um encontro na casa do músico. Eu corri e peguei a primeira ponte aérea para o Rio de Janeiro. Nunca havia ficado tão nervoso em uma reunião como eu fiquei nesta. Chico fala pouco, mas observa tudo”, conta Rodrigo.

O empresário diz que o compositor gostou da ideia, mas impôs uma condição: “Chico só disse que eu não poderia comprar os direitos da música ‘O Velho Francisco’. Na época ele estava escrevendo o livro ‘Leite Derramado’ que foi inspirado nesta canção, mas isso ainda era segredo”. Depois do aval do escritor, Rodrigo criou o projeto multimídia ‘Chico Paratodos’. A ideia saiu do papel em dezembro de 2009 e resultou no livro ‘Essa História Está Diferente’, em que dez autores recriam em prosa canções do compositor, no longa ‘Eclipse da Violeta’, baseado na música ´Olhos nos Olhos´, e agora se torna realidade na TV através da série Amor em 4 Atos.

Cada episódio conta com o talento e as particularidades de um diretor diferente, exceto os dois últimos: ‘Vitrines’ e ‘Folhetim’, ambos dirigidos por Bruno Barreto. Rodrigo conta que desde o início do projeto já pensava no nome de Tadeu Jungle, diretor do episódio ‘Ela faz cinema’, mas que Bruno Barreto e Roberto Talma foram um presente para a trama. “A produção do seriado foi uma parceria da RT Features com a TV Globo. Em reuniões, sugeriram o Roberto Talma para coordenar o projeto. Eu acho que não poderia ter nome mais indicado. O Talma é fantástico, ele tem uma relação íntima com a música. Foi ele quem recomendou o nome de Bruno Barreto, com quem eu já havia trabalhado em dois longas. O Bruno está trazendo uma linguagem cinematográfica para a TV, eu acho isso ótimo”.

Rodrigo conta que o público pode esperar boas e leves histórias de amor com uma pitada de drama: “Apesar de a música do Chico ser sofisticada, o telespectador vai acompanhar histórias bem populares”.