
Se o itaú/unibanco comprassem o bep, virariam o maior do mun
Ando meio destreinado da escrita. Parei de escrever umas duas semanas tentando aprender as novas regras da ortografia baixadas pelo catedrático Lula. Pra quê? Tô desaplaneivadozim!
Me atrapalhei com o pouco que sabia das regras antigas e até agora entendi bem pouquinha coisa das novas.
Além disso, as eleições passaram e tiraram toda a minha inspiração. Aqui no Piauí, ou a gente manga de um político ou tem que esperar que apareça outro piauiense no Big Brother pra ter assunto até pra mesa de bar.
Quer ver como a falta de assunto é grande? Nestes últimos dias o maior ti-ti-ti, bafafá e trololó da cidade tem sido a notícia de que Seu João tá preparando o shopping dele pra cobrar pelo estacionamento. “E vai ser logo 2 real!”,dizem alguns, em tom de protesto.
Na rabeira
Na minha opinião, este é só mais um atestado do atraso do Piauí. Aqui tudo acontece por último. Dos estados do Nordeste, o Piauí foi o último a ter sua universidade. É o último que vai ter o aeroporto reformado. É também o último em turismo, que por aqui é como o caviar do Zeca Pagodinho (nunca vi, nem comi, eu só ouço falar). Foi o último a ter Shopping Center. E será o último a cobrar estacionamento no shopping.
A negrada queria passar a tarde no shopping do homem, no bem-bom do friozim, jogando conversa fora, paquerando as catitas e pitiacas, sem comer nem um pastel e, ainda por cima, de graça! Faz bem Seu João em acabar com esta folga. De graça aqui em Teresina já basta o calor.
Por mim, o estacionamento só voltava a ser liberado novamente só lá bem pertim da candidatura do João Vicente ao governo. E depois arrochava na cobrança de novo! O povo precisa entender que quem come de graça é menino de creche.
Fusão de bancos
Aqui em Teresina tem muita gente que acha que entende de banco. Mas só se for desses bancos de praça, pra ficar pinando com as filha alheia. De banco, desses de dinheiro, quem entende é o papaizim aqui, ó!
Nesta semana, o mercado financeiro ficou em polvorosa com a fusão do Itaú com o Unibanco, que, juntos, terão 4 mil e 800 agências. Ô povo véi besta!
Fusão maior já aconteceu e ninguém nem fé deu. O bicentenário Banco do Brasil, prevendo o cenário futuro da economia mundial, teve uma brilhante sacada de incorporar um outro gigante do ramo financeiro: o BEP.
O BEP é um banco tão forte, que passou décadas em poder do governo do Estado e não quebrou fácil. Foi preciso a genialidade do engenheiro Alberto Silva pra afundá-lo. E não foi nem no primeiro mandato! Essa proeza ele só conseguiu no segundo.
Saneado e de pé novamente, o BEP se afirmou como potência em expansão. Quando o Banco do Brasil se interessou, ele já ia com 3 agências só em Teresina – uma na 13 de maio, outra na Piçarra e a terceira no Teresina Shopping. Mas o que mais apeteceu o Banco do Brasil na hora de merendar o nosso BEP não foi nem o seu patrimônio imobiliário e nem sua “rede de agências”. Foi mesmo o movimento da folha de pagamento do funcionalismo estadual, que é feito por lá.
Só o movimento gerado pelos milionários contracheques dos professores da rede estadual de ensino e dos soldados da nossa briosa PM já abre o apetite de qualquer banco. Se o Banco do Brasil não corre na frente para adquirir o Banco do Estado do Piauí, hoje, quem sabe, ele teria sido fundido a esta nova holding Itaú Unibanco, que, sem o BEP, perdeu a oportunidade de ser o maior banco do mundo.
Remando contra a maré
Eu tenho muita admiração pelo trabalho dos fazendários. Mas eu tenho inveja mesmo é do salário que muitos deles recebem. Taí um negócio que dava pra mim!
Mas nestes dias eu tenho ficado encabulado com uma coisa: eu não sei o que estes homens e mulheres inteligentes estão querendo quando inventam greve contra o governo do Wellington Dias. Se fosse contra o governo do Hugo ou do Mão Santa eu nem ia dizer nada. Mas quando lembro que quem inventou greve no Piauí foram justamente a Regina Sousa, o João de Deus, a Flora, o Cícero Magalhães, o Assis Carvalho, o governador e o próprio Antônio Neto, eu fico pensando: será que os fazendários sabem, nessa matéria aí – greve – alguma coisa que estes outros aí não sabem? Du-vi-d-o-dó!!
A chance de se obter resultados fazendo greve contra um governo do PT é a mesma que eu tenho de dar uma surra de bofete no Mike Taysson.
E os fazendários que se cuidem, porque o que parece ruim tem é muito pra ficar pior. Os petistas não sonham em outra coisa a não ser mudar o endereço de trabalho do secretário de Fazenda. Querem trocar o gabinete dele do Centro Administrativo pelo Palácio de Karnak, em 2010.
Uuuuuiiiiiiiiiii!!!!!!!!
O redondim
Um outro assunto de menor relevância que tomou a semana foi a queda do Felipe Santolia, apeado da Prefeitura de Esperantina pela Câmara Municipal. Da minha parte, eu tenho muito a lamentar. Este “impiti” do Santolia só deu pra minha radiola. Eu não queria, de forma alguma, que ele perdesse o poder.
Eu vendi um relógio pra ele, fiado, por 300 reais, em dezembro de 2006. Nunca perdi a esperança de receber este dinheirim. No meu juízo, até o final do mandato, ele ia me pagar. Como a mulher lá em casa tá nas horas de parir, eu já me imaginava destroçando estes trezentim todo em fralda. E agora, papai? Me veio logo o pensamento: se com a caneta na mão e nadando em real do FPM ele não me pagou, como diacho é que agora eu vou receber o dinheiro? Mas graças a Deus, anteontem um juiz ordenou que ele reassumisse a prefeitura.
Já tava achando que tinha amarrado meu relógio no rabo de um veado!
damasio.danilo@yahoo.com.b