Saúde no Mural
Sesapi oferta de Práticas Integrativas para pacientes no Piauí
Piauí passou de 39 para 60 municípios já registrando a oferta desses serviços para a população de forma gratuita através do SUS.
Por: Da Redação em 12/08/2024 - 09:23
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi),
por meio da sua Gerência de Atenção Primária a Saúde, aponta que de janeiro a junho
de 2024 houve crescimento de 25% na oferta de atendimentos de Práticas Integrativas
e Complementares em Saúde (PICS) no Piauí. O estado passou de 39 para 60 municípios já registrando a oferta desses
serviços para a população de forma gratuita através do SUS.
As Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde (PICS) são abordagens terapêuticas que têm, como
objetivo, a promoção e recuperação da saúde e a prevenção de agravos,
enfatizando a escuta acolhedora, a construção de laços terapêuticos e a conexão
entre ser humano, meio ambiente e sociedade. As práticas foram institucionalizadas
pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único
de Saúde (PNPIC), por meio da portaria 971 de maio de 2006, oferecendo de forma
gratuita para a população 29 tipos de atendimentos.
Samara Lima, técnica estadual das PICS
na Sesapi, explica que no estado existem 15 modalidades de PICS executadas e que
o fortalecimento dessas práticas ajuda a melhorar e ampliar a qualidade dos serviços
da Atenção Primária no estado. “Temos exemplos muito bons no estado, como em Landri
Sales, e precisamos trabalhar para fortalecer essas atividades complementares cada
vez mais. Já existem estudos que mostram os benefícios como manejo de dor, ajuda
com problemas emocionais, ajuda no tratamento de doenças cardiovasculares e orteoarticulares
entre outros”, fala a técnica.
Em Landri Sales mais de 30 crianças com
necessidades especiais são beneficiadas pela PICS na rede de atenção à saúde, onde
a atividade busca promover o alívio e tranquilidade para crianças e adolescentes com necessidades especiais
através da ventosaterapia. Cada paciente recebe atendimento semanal, com sessões
que duram de 20 a 30 minutos, utilizando ventosas de silicone, apropriadas para
crianças. As técnicas são adaptadas às necessidades de cada paciente. A seleção
dos participantes foi feita a partir de uma lista de crianças já assistidas pelo
município em atendimentos psicológicos e psicopedagógicos.
Lisliane Pereira, mãe de uma criança autista
que participa das praticas integrativas em Landri Sales, compartilha sua experiência:
"Eu já conhecia o tratamento e ajuda bastante, tanto para relaxar quanto para
trazer benefícios às crianças autistas e, não só para elas, mas também para aquelas
com outras comorbidades. Minha filha tem melhorado bastante, está mais relaxada
e calma. É um tratamento maravilhoso," conta.
As PICS podem ser desenvolvidas nos municípios
por meio das Unidades Básicas de Saúde, ambulatórios especializados, serviços
de reabilitação, de atendimento a saúde mental, Centro de PICS e hospitais.
Samara Lima reforça que o foco agora é
desenvolver mais ainda as PICS dentro do estado, trabalhando com um grupo interinstitucional
a elaboração da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares (PEPIC)
para orientar, a todos, a melhor forma de implementar e gerenciar as práticas integrativas.
“A política estadual ajudará a organizar
e orientar melhor sobre a implantação e integração dessas práticas nos municípios,
permitindo que mais municípios apliquem essas práticas e que seus benefícios atinjam
uma parcela maior da população. Lembramos que as PICS são atividades complementares
que não substituem o tratamento tradicional de doenças, apenas complementando esse
processo”, fala a técnica.