Sílvio e Firmino consultam Aécio sobre ocupação dos cargos no Governo

Os tucanos Sílvio Mendes e Firmino Filho viajam na próxima semana para um encontro com Aécio Neves. Na pauta, uma consulta para definir como ficará o PSDB em relação a ocupação de cargos no governo Wilson Martins (PSB).

O PSDB fechou aliança para que Sílvio Mendes dispute o cargo de vice-governador na chapa encabeçada por Marcelo Castro (PMDB) e Wilson Martins como candidato a senador. O acordo prevê ainda a ocupação de cargos.

Com a consulta, o PSDB do Piauí quer manter o alinhamento com o diretório nacional. Aécio é o pré-candidato a Presidência da República e o PMDB integra a chapa de reeleição de Dilma Rousseff.

Portanto, há possibilidade da chapa governista ter dois palanques. "O acordo junto ao PMDB é de que o vice [Sílvio Mendes] teria liberdade de apoio em nível nacional. Tucano segue tucano e o PMDB apoia o PMDB", diz o deputado estadual Deusimar Brito, o Tererê.

O deputado participou de uma reunião no início da tarde desta quinta (09), no gabinete do prefeito Firmino Filho. No encontro, ficou acertado que Sílvio e Firmino vão, na próxima semana, ter uma conversa com Aécio para viabilizar os encaminhamentos.

Tererê defende que o PSDB ocupe os cargos que forem oferecidos pelo governador Wilson Martins. "Todo partido tem que reforçar suas bases. É um pensamento meu. Acho que nenhum partido que quer crescer tem que valorizar suas bases e isso só acontece se tem representatividade na administração. Não é nada estranho o PSDB ocupar os cargos. Vamos engrandecer o governo", opina.

Wellington fora da disputa

Rebatendo as declarações dadas pelo senador João Vicente Claudino (PTB) ontem de que a chapa governista não se sustentaria até junho, Tererê põe em dúvida a permanência de Wellington Dias à frente da chapa de oposição.

"A cada dia que passa o PT fica mais isolado. O Evaldo [Gomes], o Osmar Júnior, todos estão na base governista. Poder é poder e o Piauí não tem mais vaga na terceira via. Não se surpreenda se o Wellington Dias não for mais candidato ao governo. Não se sabe quando ele conversa com Deus ou com o diabo pode-se esperar tudo", afirma.