
Homem condenado por homicÃdio em São Paulo é preso pela PRF em Picos
25/04/2025 - 16:44Mandado de prisão preventiva estava em aberto desde 2005; acusado foi localizado enquanto vendia lanches no bairro Junco
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauà (SINPOLPI) denunciou, na última quinta-feira (5), o Governo do Piauà ao Ministério Público por ter locado espaço para funcionamento da Delegacia Seccional de Picos em um shopping da cidade. O contrato milionário, no total de R$ 1.011.549,00, foi firmado com uma empresa de propriedade dos sogros do governador Rafael Fonteles.
O Ministério Público deverá apurar a regularidade da referida locação, devido às fundadas suspeitas de irregularidades da contração, especialmente em relação à inexigibilidade de licitação.
Um ponto alarmante é que não há, no processo de contratação, relatório técnico que comprove que não exista outro imóvel que atenda às necessidades da Delegacia, pois não foram consultadas imobiliárias ou corretores credenciados, o que reforça a suspeita de direcionamento e favorecimento na escolha.
O SINPOLPI alerta ainda para o potencial risco à segurança da população de Picos, uma vez que a Delegacia será instalada em um shopping, local de grande circulação de pessoas. A condução de presos e investigados por crimes diversos em um ambiente como esse representa um risco iminente aos cidadãos que frequentam o local, configurando uma decisão administrativa questionável sob o ponto de vista da segurança pública.
O sindicato solicitou ao Ministério Público
que instaure procedimento investigativo para apurar eventuais ilÃcitos civis,
penais e atos de improbidade administrativa relacionados ao contrato; que
verifique a regularidade do processo licitatório, especialmente quanto Ã
inexigibilidade de licitação e ao cumprimento dos dispositivos da Lei nº
14.133/2021; que apure possÃveis práticas de favorecimento indevido em
benefÃcio dos proprietários da empresa locadora; e avalie os riscos à segurança
pública decorrentes da instalação da Delegacia em um shopping center.
Por fim, comprovadas as irregularidades, que
o órgão ministerial recomende à Justiça a suspensão imediata do contrato em
questão, devido à suspeita de direcionamento junto a evidente inadequação do
local, conduzindo a consequente nulidade do contrato ou a realocação da unidade
policial.