Surto de diarreias tem atingido muitas pessoas na nossa região. Veja o que fazer!

 Nessa época do ano, o aumento da umidade devido às chuvas e o calor da nossa região favorecem o ciclo reprodutivo da mosca e aumentam bastante seu número. Na realidade, a mosca funciona como um vetor, ou seja, ela entra em contato com os mais diversos materiais, incluindo matéria orgânica em decomposição, nisso ela também entra em contato com diversos micro-organismos e acaba carreando-os para a água e alimentos, tornando-os contaminados.

A “diarreia das moscas”, como é conhecida, na verdade é uma Gastroenterite Aguda causada por vírus, bactérias ou até outros parasitos, sendo por vírus mais comum. Eles entram no nosso organismo através desses alimentos contaminados e causam uma lesão nas células do intestino, gerando a doença. O quadro clinico é bastante característico: Diarreia liquida, náuseas, vômitos, dor de cabeça, febre e até fraqueza muscular. Geralmente o quadro é autolimitado com cura espontânea sem a necessidade de uso de antibióticos.

De acordo com o médico Fábio Martins Rodrigues (foto abaixo), "o mais importante a se fazer inicialmente é ingerir bastante líquidos como água, sucos de fruta, soro caseiro ou soro de reidratação oral para evitar a desidratação que pode ser um sintoma muito grave principalmente em crianças e idosos. O consumo de alimentos constipantes e que contenham fibras também ajuda a dar mais consistência às fezes. Deve-se ter todo cuidado com a automedicação, pois certos medicamentos podem agravar a doença. Procure sempre seu Médico. Deve-se ficar atento a sinais como diarreia persistente por mais de 10 dias, ou com fezes escurecidas, presença de sangue vivo ou pus nas fezes, febre alta, dores abdominais intensas ou sinais de desidratação como pele seca, olhos fundos, extremidades frias, letargia, entre outros, pois podem indicar doença mais grave. Na presença deles procurar atendimento Médico imediato".



Muitas medidas podem ser tomadas para que a doença não ocorra, principalmente manter a higiene em casa, não deixar a sujeira ou alimentos expostos e sempre que houver o consumo que sejam todos bem higienizados, lavagem das mãos, também cuidados com o correto armazenamento do lixo e matéria orgânica no ambiente, bem como o manejo adequado de fossas sépticas. Pode ser feito também o combate ao vetor, devendo-se tomar cuidado com o uso de venenos pra que não ocorra intoxicação em pessoas.