
Tributo a Amadeuzinho

(*) Ferrer Freitas
Foi sem dúvida uma perda lamentável o falecimento do caríssimo Amadeu de Macedo Reis, conterrâneo que me dispensava especial atenção e carinho, apesar da razoável diferença de idade entre nós. Estive com ele pela última vez no mês de março último. Sabedor de que não andava lá muito bem de saúde, visitei-o em sua residência na Av. José Tapety, após passar na de tio Joel para rever as queridinhas dona Amália, Mirista, Alice e Ritinha. Desnecessário dizer que estava em companhia do caro dr. Bill.
Neste último contato com Amadeuzinho, também tratado carinhosamente por Mêrim, conversamos por algum tempo, não muito como seria do meu agrado, pela proximidade do horário da viagem de retorno. Mas deu para colocar o papo em dia. Cobrou-me, com justa razão, mais idas a Oeiras, no que concordei plenamente. Informei-lhe que isso passou a ocorrer após o falecimento da inesquecível Lalá, minha Mãe.
Vale dizer que a lembrança mais antiga de guardo do caro Amigo é no seu comércio da rua da Feira (Praça Coronel Orlando) em sala do mercado público, construção do prefeito João Ferraz nos anos trinta do século passado, lado que dá para as residências onde moravam, em casas geminadas, seu Raimundo Queiroz, o filho Possi, com dona Otacília, além de Pedro Leite e Vitalina. Voltando ao mercado, merece ser dito que no espaço do canto leste funcionara, bem antes, uma loja de seu Clóvis Freitas, também usada para seu trabalho em prataria, arte que desenvolvia com maestria e esmero. Após o portão de entrada para o interior do prédio vinham o comércio de seu Belini, a loja Padre Cícero, de André Holanda, e, na outra esquina, a que dá para a Igreja da Conceição, o comércio do caro Acelino Praça, pai de Breno, Chico, Socorro e muito outros filhos.
Dizer o que mais?! Com certeza que Oeiras ficou mais pobre com o falecimento do Amadeuzinho. Dos filhos varões de seu Natu e dona Darinha, restou, se não estou equivocado, o caro José Nauto. Os demais já se foram para o outro lado do grande mistério de que fala Bandeira (ou seria Machado?). É a vida! Que Deus o tenha na Paz Celestial.
(*) Ferrer Freitas é do Instituto Histórico de Oeiras