
Salvem a Pensão Portela!

* Por Joca Oeiras
Caro Prefeito Antônio Portela Barbosa Sobrinho:
Ao tempo em que me congratulo com sua eleição, ocorrida no último dia 14 de novembro próximo passado, dirijo-me, como munícipe, a V. Exa. para discutir, franca e abertamente, uma questão que, a par de envolver o senhor mesmo, enquanto cidadão, e a seus familiares, toca em interesses os mais legítimos e profundos da comunidade oeirense: falo da antiga Pensão Portela, uma das edificações mais importantes do centro histórico de Oeiras e que, hoje, se encontra em estado de lamentável ruinaria.
Segundo Dagoberto de Carvalho Júnior*, salvar aquela edificação oitocentista “Ainda é possível. Ela requer obras emergenciais de escoramento das paredes de abobe cru, para que suportem o teto já comprometido, em parte; até a restauração definitiva que se pode pensar, envolvendo na operação salvacionista o(s) proprietário(s) e o poder público.”
Senhor prefeito: qualquer ato seu, enquanto autoridade municipal, que resolva, em definitivo, a restauração daquele importante monumento, terá o apoio de todos os que, amando Oeiras, compreendem que a maior riqueza do município, o seu referencial maior, é o patrimônio histórico-cultural. Por isso, na mesma linha das propostas do Dagoberto, sugiro que a municipalidade encare a compra do referido imóvel dentro do mais rigoroso, transparente, justo e prévio processo de desapropriação (administrativo e/ou judicial) para, em seguida, elaborar um projeto de restauro contando, para isto, com a orientação do IPHAN/PI. Por favor, não se acanhe pelo fato de serem seus pais alguns dos herdeiros do imóvel. A pior herança – não apenas para os herdeiros, mas, principalmente, para Oeiras – será ver totalmente arruinado, varrido do mapa da cidade – como já ocorreu com a bucólica Casa do Padre Freitas, entre outros – aquele valioso marco da nossa singular arquitetura colonial.
Se encarar de frente esta questão, a cidade, confiada à administração de V. Exa., não apenas compreenderá, como lhe será grata!
* Salvem a Pensão Portela, por Dagoberto de Carvalho Júnior