A história do piauí através dos grupos culturais

A história do Piauí também é contada – e preservada – através dos diversos grupos culturais do Estado. Figuras importantes, como o mestre Severo, do reisado, e o mestre Agenor, do grupo Dandiê e da Banda Pífanos de Teresina, ajudam a preservar essa história e merecem ser parabenizados hoje, no dia do Piauí. O boi Imperador da Ilha e o samba de Cumbuca, bem como o talento da Maria da Inglaterra, também merecem aplausos.

Não se pode deixar de mencionar ainda o Coral dos Vaqueiros de União (criado em 1988) e o grupo Coisa de Nego, que defende a valorização das raízes do povo negro. Maria da Inglaterra é uma das que se orgulham em cantar o Piauí por aí afora. Nascida na cidade de Luzilândia, ela é, sem dúvida, uma das maiores representantes da nossa cultura popular. Mesmo sem saber escrever, Maria da Inglaterra já compôs 1.252 músicas, sendo que seu maior sucesso é a música “peru rodou”.

O resgate de músicas folclóricas e de suas coreografias originais acontece através do grupo Dandiê, que surgiu em abril de 2003. Esse trabalho só foi possível a partir de uma pesquisa realizada em Teresina e no município de Curralinhos, sob o comando do músico Agenor Abreu, o mestre Agenor. O grupo realiza apresentações que mesclam a alegria de ritmos como o Pisa na Fulô, Baião Sapateado, Reisado e Roda de São Benedito, sons e danças que relembram as nossas raízes.

Com 75 anos de existência, há o boi Imperador da Ilha, comandado pelo mestre Raimundo Araújo. Este legado é passado de pai para filho e por isso já reúne quatro diferentes gerações. Já o reisado se mantém vivo com a colaboração do mestre Severo, que possui mais de 50 anos de dedicação a essa arte. Além da atuação desses grupos há a importante colaboração dos eventos regionais, a exemplo do Festival de Violeiros, que reúne os mais renomados repentistas do Estado, num resgate da literatura de Cordel. Todas essas manifestações da nossa cultura ajudam a manter viva a história do Piauí.



Diário do Povo