
A hora e a vez de oeiras: uma proposta!
Ao padre João de Deus por tudo o que fez em prol do folclore em Oeiras nestes 30 anos de sacerdócio.
Por cinco anos consecutivos, o Grupo Folclórico “Congos de Oeiras” abrilhantou os sucessivos Festivais de Folclore de Olímpia, em São Paulo. Converse com qualquer dos seus integrantes e ele lhe falará do efeito bonificador que estas viagens fizeram ao grupo. A um observador atento nem isto seria necessário: os Congos de Oeiras estão se apresentando com muito maior leveza e elegância; mais show! Quem viu o inesquecível espetáculo que eles deram no “Global Rock Art”, em São Raimundo Nonato, sua interação com o público presente, gringos inclusive, sabe do que eu estou falando.
Se tudo o que eu disse acima é verdade, e é, não se pode esquecer, também, que a presença deles em São Paulo divulgou o nome de Oeiras, não apenas de uma maneira geral, mas, também, entre os demais grupos folclóricos espalhados pelo Brasil, isto é, Oeiras, representada pelos Congos, aparece muito bem no, digamos, “Cenário Folclorista Nacional”.
Juntando os pauzinhos cheguei à conclusão de que está na hora de se pensar em Oeiras como sede e não mais apenas como pólo do folclore, se não (ainda) nacional, ao menos regional. Acho que é perfeitamente possível realizarmos, talvez até já no início do próximo ano, no bairro do Rosário, ou mesmo, na Praça de Eventos, em louvor a São Benedito, um “Festival de Folclore de Oeiras” onde, inicialmente, convidaríamos grupos folclóricos das cidades próximas (são vários e, alguns, muito bons) e um ou dois grupos de cidades mais distantes, aqui do Piauí, e mesmo, de outros Estados do Nordeste.
A proposta que faço é a seguinte: que sob a direção da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo seja criado um grupo de trabalho com vistas a analisar a viabilidade da criação deste novo Festival. Desse grupo ou comissão deverão participar representantes dos Congos, que sedimentaram a experiência de suas participações em Olímpia, outras pessoas remanescentes de grupos folclóricos hoje desativados, o Instituto Histórico de Oeiras, a Fundação Nogueira Tapety – FNT, a Fundação Dom Edilberto Dilkenborg, o Centro Cultural “Major Selemérico” (Fundac) o Grupo de Consciência Negra “Quilombo do Rosário” e quem mais vier.
O evento, a ser batizado pelos possíveis organizadores, com perfil apropriado (com certeza, sem maiores ônus), estará contribuindo para o incremento do nosso turismo, elevação da nossa auto-estima, resgate do nosso patrimônio imaterial com a releitura de nossas lendas, reisado, pastorinha...