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09/05/2025 - 16:57A comemoração, já tradicional no calendário de eventos da cidade, atrai anualmente um grande público.
Teste do Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - mostra que a maioria das marcas de água mineral tem boa qualidade. No entanto, o impacto ambiental causado pelas embalagens é um bom motivo para repensar o consumo do líquido engarrafado.
Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio formam a molécula essencial para os seres vivos: a água. No entanto, embora só o H2O seja suficiente para suprir as necessidades de hidratação do organismo, temos bebido cada vez mais água mineral, que contém, naturalmente, vários outros elementos químicos. Dados da Associação Internacional de Águas Engarrafadas apontam que a demanda brasileira pelo produto cresce mais de 7% ao ano e que já somos o quarto maior consumidor da bebida no mundo.
Assim, o Idec resolveu conferir a qualidade de 33 marcas (sendo que de duas delas foram analisadas duas amostras - cada uma de uma fonte - totalizando 35 amostras) comercializadas em dez cidades brasileiras. Para isso, contou com a colaboração de nove organizações que fazem parte do Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC). Veja quais são elas no quadro O teste.
A boa notícia é que a maioria das amostras não apresentou problemas. Das 35 avaliadas, apenas quatro foram reprovadas: três por não atenderem ao padrão microbiológico, e uma por apresentar problemas em seu aspecto visual. Na análise dos rótulos, no entanto, o número de inconformidades aumentou: 13 marcas não fornecem todas as informações exigidas por lei. Além disso, os apelos publicitários podem confundir o consumidor.
Contudo, o grande *senão* da água mineral diz respeito ao impacto ambiental causado por suas embalagens.
Resultados do Teste
Foram avaliadas 33 amostras de água mineral natural e duas de água purificada adicionada de sais, ambas sem gás. Das 35 amostras, quatro foram desclassificadas. As águas York (PI), Minalinda (RO), e Pôr do Sol (MS) não passaram no teste de padrão microbiológico, pois continham a bactéria Pseudomonas aeruginosa acima do limite permitido. Na Pôr do Sol também havia coliformes totais em excesso. Já a água adicionada de sais da marca Clara (CE) foi reprovada por apresentar partículas não identificadas que podem ser vistas a olho nu.
A Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria patogênica que pode causar problemas respiratórios graves em pessoas com baixa imunidade, além de infecções gastrintestinais, principalmente, em crianças. Já os coliformes totais são bactérias que indicam as condições higiênicas durante o processamento e armazenamento dos alimentos e da água.
O restante da avaliação foi feito apenas com as 31 marcas que não foram desclassificadas. Com relação às características físico-químicas, à composição química e à presença de substâncias inorgânicas que oferecem risco à saúde, todas apresentaram resultados dentro dos parâmetros legais.
O teste
O teste, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi realizado entre outubro e novembro deste ano com 33 marcas (foram 35 amostras) de água mineral de dez cidades brasileiras. Para isso, o Idec contou com recursos do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e com a participação de nove instituições do FNECDC: Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor de Mato Grosso do Sul (ABCCON/ MS); Associação Brasileira de Economistas Domésticos (Abed/CE); Associação Cidade Verde (ACV/RO); Associação das Donas de Casa da Bahia (ADC/BA); Associação das Donas de Casa, dos Consumidores e da Cidadania de Santa Catarina (Adocon/SC); Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor (Adecon/PE); Instituto para o Consumo Sustentável (Icones/PA); Movimento de Donas de Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul (MDC/RS); e Movimento de Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC/MG).
A seleção das amostras foi baseada no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) das marcas mais vendidas em cada estado e das marcas regionais. Foram avaliados a rotulagem; o perfil microbiológico; a composição química; as características físico-químicas; e a presença de substâncias inorgânicas que oferecem risco à saúde, segundo a Resolução de Diretoria Colegiada no 274/2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: idec.org.br