
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
"Tardio"! Foi a palavra usada pelo deputado federal Assis Carvalho (PT) para comentar oafastamento do também do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). A liminar foi deferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.
Assis disse que a saída do parlamentar servirá como uma espécie de freio para aqueles que se mostram mais açodados e que seguem a mesma linha de Cunha que, segundo o petista, é uma vergonha para o parlamento brasileiro.
"Foi tardio [o afastamento]. A Justiça demorou para tomar essa decisão. Mas, apesar de demorada, essa postura do STF servirá para frear aqueles deputados que seguem a mesma linha do Cunha, que é uma vergonha para o parlamento brasileiro e para o mundo também. A postura dele nos envergonha", desabafou o petista.
Purificação
Com o afastamento de Cunha, Assis não acredita que a Câmara esteja “purificada”, mas assegurou que esse é o primeiro passo para melhorar o nível e as ações de alguns parlamentares que segundo, Carvalho, estão voltados somente para questões próprias e não de interesse coletivo.
"Espero que esse tipo de atitude não fique só no Cunha, muitos membros comprometem o desenvolvimento das ações na Câmara, uma vez que, adotam certos posicionamentos de interesse próprio, prejudicando a tomada de medidas de interesse de todos", disse Assis.
Teori Zavascki
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, determinou na manhã desta quinta-feira (05), o afastamento de Eduardo Cunha, da Câmara dos Deputados.
Segundo a Folha de São Paulo, o pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República, em dezembro, e apontou 11 situações que comprovariam o uso do cargo pelo deputado para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações". Na peça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a classificar o peemedebista de "delinquente".
Cunha foi transformado em réu no STF, por unanimidade, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Acusado de participar do esquema de corrupção da Petrobras, o deputado teria recebido cerca de US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sonda da estatal.