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Câmara de santo inácio só funciona uma vez por mês
Por: Giselle Silva em 29/07/2009 - 01:19
A ONG Força Tarefa Popular, que realiza a marcha contra a corrupção, entregou hoje (28), na Advocacia Geral da União, em Teresina, uma séria de denúncias contra a administração da cidade de Simplício Mendes e Santo Inácio.
Na cidade de Simplício Mendes, as denúncias giram em torno da liberação de verba para a construção de obras que não foram cumpridas. Dentre elas está a pavimentação das ruas Pio Sérvio, Arnaldo Ferreira de Carvalho, Antonio Mendes de Carvalho, Eustáquio Gomes daquela cidade. Para execução dessa obra foi liberador um valor de R$ 154.293,75.
Além dessa, foi assinado um convênio com o Ministério do Turismo para construção de uma praça na cidade. As obras durariam 90 dias, mas a Força Tarefa Popular constatou que já se passaram 19 meses e as obras ainda estão inacabadas.
“Essas não são as únicas denúncias. Nós constatamos várias outras irregularidades. Maioria com data dos convênios vencidos, apesar de a verba ter sido liberada”, disse Arimatéia Dantas, da Força Tarefa Popular.
No município de Santo Inácio a denúncia mais grave feita pela Força Tarefa Popular é relativa à abertura da Câmara Municipal dos Vereadores. A Câmara só abre uma vez por mês. “A denuncia é grave, pois inviabiliza o exercício do controle social das contas públicas”, disse Arimatéia Dantas.
Ricardo Resende de Araújo, Procurador-chefe da AGU, disse que será aberto procedimento administrativo, para que um advogado proceda a análise técnica do caso. “Se após a análise técnica se tipificar crime a Polícia Federal e o Ministério Público serão acionados”, disse o procurador-geral da AGU.
Criticas - Arimatéia Dantas disse, em resposta a afirmações de que o trabalho realizado pela Força Tarefa Popular seria de cunho eleitoreiro, que essas denúncias são infundadas. “Sempre fizemos nosso trabalho independente de ser ano eleitoral ou não. Não sou candidato e, portanto, não fazemos trabalho eleitoreiro”, esclareceu.
O advogado esclareceu ainda que os municípios foram escolhidos com base em questões geográficas. “Escolhemos regiões onde há maior aglomeração de municípios, independente de quais partidos estão à frente do poder executivo naquele município”, finalizou.
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