STTRO recebe oficina para diagnóstico do saneamento básico com enfoque em gestão e capacitação comunitária
08/11/2024 - 09:18Nesta sexta-feira, o evento terá continuidade na comunidade de Cantinho Corrente.
 O deputado federal Assis Carvalho (PT-PI), que morreu após sofrer um infarto neste domingo (05), sofria de aterosclerótica, doença grave que resulta na formação de placas de gordura nas artérias, que dificultam a passagem do sangue. O cardiologista João Francisco de Sousa, que acompanhou o polÃtico em dois procedimentos para a colocação de stents nos anos de 2012 e 2019, disse que a doença era genética, agressiva e de difÃcil controle.
"Durante o primeiro infarto, em 2012, ele também estava em Oeiras e a gente conseguiu chegar a tempo de desobstruir a artéria causadora do infarto, mas ele já tinha problemas nas outras artérias. A gente sempre chamava atenção, dizia que ali havia sido só o primeiro passo, mas que ele precisaria de cuidados porque não era apenas o procedimento em si, ele precisaria de um tratamento clÃnico agressivo tanto quanto agressiva era a doença. Isso incluÃa medicamentos, atividades fÃsicas. Acredito que o stress também contribuÃa para o avanço da doença", disse o médico.
Em entrevista ao NotÃcia da Manhã, João Francisco conta que o deputado federal também era acompanhado pelo médico Roberto Kalil Filho, do Hospital SÃrio Libânes e que a doença era de difÃcil estabilização.
"A gente conversou algumas vezes sobre a dificuldade de estabilizar a doença. Ano passado, ele voltou a sentir essa dor e foi preciso mais quatro stents, sendo que da primeira vez foram dois", explica o cardiologista que também lamentou a morte do deputado.
O especialista disse ainda que o quadro de saúde de Assis Carvalho era muito grave e que eram grandes as chances de outras paradas cardÃacas, mesmo que ele tivesse sido trazido para a Capital de avião.
"DifÃcil a chance depois dessas paradas cardÃacas dele chegar a tempo da gente fazer algum procedimento.Infelizmente, mesmo com o tratamento clÃnico, ele não respondia bem. A gente tem pacientes que conseguem estabilizar a doença [...] cada vez que a gente intervinha, a gente percebia a progressão da doença", finaliza o cardiologista João Francisco de Sousa.