
Centenário de um grande homem

* Ferrer Freitas
No próximo domingo, 28 de agosto, se vivo estivesse completaria 100 anos um grande oeirese, Hipólito Constâncio da Silva Reis. E, vale a pena frisar, não faz tanto tempo assim , acho que menos de 10, que ele se foi para o outro lado do grande mistério, como disse o poeta Bandeira em versos, aludindo à morte, ainda chamada por ele de indesejada das gentes. E o faço para dar conhecimento aos oeirenses que o Instituto Histórico, a Câmara Municipal e a OAB (subseccional Oeiras) homenagearão sua memória em solenidade que se realizará no sábado, 27, às 20 horas, no plenário da Câmara. Ocioso justificar o evento, mas o faço com o intuito de dizer da importância do homenageado para cada entidade, em outras palavras, para a cidade. E começo pela OAB.
Incentivado pelo Juiz de Direito, dr. Pedro Amador Martins de Sá, lá pelos anos trinta do século XX, Hipólito, até então professor de aulas noturnas, na própria residência, para quantos o procurassem, mergulhou nos livros da Ciência de Ulpiano e tornou-se advogado. O grande magistrado apostou suas fichas, como se diz comumente, na sua pena leve. Depois é o que se sabe, tornando-se desnecessário entrar no mérito de sua competência no exercÃcio da profissão, até os últimos dias de sua longa existência. Mereceu homenagem do Judiciário Estadual ao completar sessenta anos de advocacia, ocasião em que mostrou a primeira peça jurÃdica de sua lavra.
A segunda instituição envolvida é o Instituto Histórico, a Casa do Brigadeiro Sousa Martins, criado em 1972 por intelectuais oeirenses, à frente o então jovem médico Dagoberto Carvalho Jr., o historiador da cidade, como gosto de referir-me a ele. Valeu-se da companhia de homens como Possidônio Queiroz, Costa Machado e Expedito Rêgo, para ficar nestes três Ãcones oeirenses, e criou a casa de cultura histórica que tem relevantes serviços prestados a Oeiras. Admitido como sócio, o professor Hipólito deu decisiva parcela de colaboração, inclusive como segundo secretario, por vários anos.
Finalmente, a Câmara de Vereadores. O legislativo municipal jamais poderia ficar de fora , não pelo fato dele ter prestado serviços jurÃdicos à Casa, por algum tempo, mas por ser a Casa do Povo de Oeiras. E a homenagem que se presta à memória do professor e advogado Hipólito Constâncio da Silva é, antes de tudo, ao cidadão oeirense. Ah!, ia me esquecendo. Os oradores serão Dagoberto e Moura Reis, o Epifânio. Este, em nome da famÃlia.
* Ferrer Freitas é do Instituto Histórico de Oeiras