Comunidade quilombola Potes recebe curso de formação para condutores de visitantes

Nos dias 28 e 29 de agosto, a comunidade quilombola Potes, localizada na zona rural de São João da Varjota, a 29,5 km de Oeiras, receberá um curso de formação para condutores de visitantes. A atividade vai qualificar mais de 30 moradores para atuação no turismo local.

A iniciativa integra o projeto “Tradição e turismo: artesanato da Comunidade dos Potes”, por meio do Sistema de Incentivo Estadual ao Turismo (Sietur), da Secretaria do Turismo do Piauí (Setur). O curso tem como finalidade capacitar moradores para conduzir visitantes, além de orientar sobre a comercialização de peças artesanais produzidas na comunidade.

As aulas teóricas e práticas ocorrerão no Galpão de Cultura da comunidade, com conteúdos sobre atendimento ao turista, simulação de recepção, técnicas de condução de pequenos grupos, oportunidades para turismo e vendas, além da demonstração de produtos artesanais durante o percurso. A formação será ministrada pela condutora de visitantes e coordenadora de Turismo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Oeiras, Mariana Carvalho, e pela condutora de visitantes e historiadora, Adrielma Brandão.

Segundo Maria Noelma Coelho, presidente da Associação de Produtores da Comunidade dos Potes, a capacitação representa um avanço para a organização do turismo local. “Nós estamos muito ansiosos, o curso vai ajudar muito a gente, porque durante o ano todo recebemos turistas na comunidade. Nunca tivemos nenhum evento como este, relacionado ao turismo, principalmente da forma que vai ser feito agora”, afirmou.

A comunidade tem 87 famílias residentes, das quais 16 trabalham diretamente com o artesanato em argila e as demais com a agricultura familiar. Mensalmente, são produzidas mais de 800 peças, entre potes, panelas, jarros, telhas, adobe e alvenarias, cuja venda representa parte significativa da renda local.

Com área de 69,5 hectares, Potes é dividida pela BR-230 (Transamazônica) e mantém há mais de 100 anos a tradição da produção de utensílios de argila, comercializados na loja da comunidade, em feiras da capital e em estados vizinhos.