
Grupo Arte Sertão apresenta “A Paixão de Cristo” nesta quarta-feira, 16, em Oeiras
15/04/2025 - 17:22Espetáculo será encenado também em Várzea Grande e Colônia do Piauí nos dias seguintes
O Conselho Estadual de Cultura do Piauí (CEC) realizou uma audiência pública acerca do registro do Patrimônio Vivo no Piauí em que foram divulgados os contemplados artistas e grupos piauienses, dentre eles o Grupo Cultural Congos de Oeiras.
O registro do Patrimônio Vivo é concedido a artistas ou grupos que transmitem seus conhecimentos e experiências, visando perpetuar esses ofícios, ajudando a manter viva uma importante tradição para nossa cultura.
Os grupos a artistas contemplados receberão um aporte financeiro para melhor desempenharem suas atividades.
Os Congos de Oeiras é uma tradição de origem africana e que existe há mais de 200 anos na antiga Vila da Mocha ainda é preservada pelos moradores do bairro Rosário, em Oeiras. A Dança dos Congos foi trazida pelos negros que vieram do Pará acompanhar o primeiro governador da Província, João Pereira Caldas, no século XVIII. A manifestação folclórica é uma espécie de louvor à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, santos pelos quais os escravos tinham grande devoção. Os integrantes usam saias rodadas e são embalados pelo ritmo afro-brasileiro marcado por instrumentos de percussão e cânticos, ora animados, ora dolentes como a Salve Rainha.
Os versos iniciais do Congo de Oeiras pedem passagem aos brincantes, que através de sua dança e batuque fazem louvor aos santos negros. A manifestação conta a história de um rei que recebe a visita de um embaixador de outro país e o convence a fazer louvor à Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito. Os cantos de louvor são acompanhados com maracás, tambores, pandeiros e guisos. Com o ritmo, os homens rodopiam para destacar as longas saias que usam e exibindo imagens dos santos.
Confira os contemplados:
Grupos:
Associação dos Congos de Oeiras - PI (Congos de Oeiras), Culturart (Grupo Culturart), Associação dos Filhos e Amigos de Bom Jesus (Escola de Rabecas Mestre Joaquim Carlota), Associação dos Vaqueiros de União - AVAU (Vaqueiros de União), Associação das Mulheres de Várzea Queimada, Associação Bumba Meu Boi (Imperador da Ilha) e Batuque da Volta do Campo Grande.
Pessoas Físicas:
Agenor Vieira de Abreu (Mestre Agenor Abreu), Rita Maria da Conceição (Dona Rita da Custaneira), Aurenildo Acioly Assunção (Nildo Acioly - Palhaço Cascatinha), Eliazar Rodrigues da Silva (Eliazar), Maria Iraci da Costa (Dona Iraci do Tombador), Francisca Maria de Lima (Chica Tomé do Sobrado Grande), Luiz Pereira da Silva Filho (Luizinho do Xubéu), Francisco Ferreira da Silva (Seu Chiquim Ferreira), Idelzuita Rabelo Paixão (Idelzuita Paixão), Antônio José Pereira da Silva (Antônio José Mambenga), Maria Francisca Pereira Ferreira (Cacica Francisca Kariri), Pedro Diolino da Silva (Pai Pedim de Atrás da Serra), Manoel Francisco de Lima (Gabiru), José Gualberto da Silva Neto (Mestre Tucano), Raimundo Ferreira Lima (Mestre Dim), José Cláudio Pereira Bruno (Canário da IIha), Valdecir Braga Araújo (Valdecir Rabequeiro), Antônio Pereira Damasceno (Véi Toim Batuqueiro), Gregório Barbosa Ribeiro (Gregorinho), Adão Januário de Lima (Adãozinho), Raimundo Clementino,Nilton Nonato Garcia (Galo Preto), Elvis Miranda Lima (Mestre Rato).