
Depois do festival da uva, vem aí o pitomba folia e o piqui
Poticabana
Nesta semana, resolvi ir ao Teresina Shopping só pra pagar 1 real pro seu João deixar eu encostar minha viatura no estacionamento.
Antes de chegar, ainda na Avenida Raul Lopes, vi uns tapumes na Potycabana. Enfim, estão reformando uma obra que custou meses e meses de atraso do funcionalismo no governo Alberto Silva. Pois muito bem. O certo é que fiquei tão feliz que aproveitei e comprei logo um kit pra inaugurar a reforma. Um calção elite, uma chinela da Embopil, um vidro de óleo de urucum pra bronzear a minha linda pessoa e um picinês escuro pra eu colar nas orelhas deitado no pau da venta.
Sei que vai demorar pouco tempo funcionando, mas vai servir pelo menos pra calar os bocudos que dizem que o governo do PT não tem obras em Teresina.
Petistinha 4
Já disse aqui neste espaço do arrependimento que tive por ter chamado minha filhinha de 2 meses de nascida, Maria Eduarda, de petistinha, porque, quando ela não tava mamando, tava chorando ou tava cagada.
Disse aqui também que, por conta disso, ela, que dormia e mamava bem caladinha, em qualquer lugar, depois deste apelido só sossega dentro de um carro de luxo com o ar-condicionado no máximo.
Apois bem. O certo é que a minha mocinha pegou gosto por mordomias e luxo. E eu não posso mentir. Não sou escolado em luxo e frufrú. Mas como bom pai que estou tentando ser, vou dar um jeito dela aprender o que é bom. Coisa de profissional.
Como ela já está pronta pra ser batizada, vou escolher como padrinho e madrinha pessoas que sejam craques no riscado.
Quero convidar para ser meus compadres ou o Hugo Napoleão com a professora Leda, ou o senador Heráclito com a dona Mariana Brennand ou o Cirim com a sua Iraceminha.
Afinando o cabelo
Estes casais são os únicos que conheço que têm, duma lapada só, a conjugação de luxo, poder, riqueza e requinte. Porque não adianta ser rico e só comer panelada, buchada e sarapatel, como o Seu João – falta a ele o requinte. Nem adianta ser poderoso e tomar vinho do porto como quem bebe guaraná Kero, como o Wellington Dias – falta o “gramú”. Nem adianta ser o Ari Magalhães, que tem tanto dinheiro que o mofo deu, mas, quando se fala em finesse, o resultado é “zero bala”.
Com os chiques, ricos, poderosos e requintados padrinhos que estou planejando para a minha bebê, tenho certeza que ela só vai ganhar presentes importados e vai passear pelo mundo todo, usufruindo do bom e do melhor acompanhando o dindim e a dindinha. E tem mais: não vai passar pelo sufoco dos petistas quando chegaram ao poder. Todos lembram que eles eram só do restaurante da Ufpi pro Panela de Barro. Sem esquecer o restaurante “De Comer”, do companheiro Décio Solano. Nunca abriram uma carta de vinho, que dirá uma garrafa. Nunca pegaram num par de talher. Embora os mais letrados já comessem de colher, o resto da petesada comia era fazendo capitão com a mão e rebolando na boca.
Graças a Deus o Joaquim Almeida passou uns diinhas no governo e amansou um mói deles.
Viva minha bebê, futura madame Maria Eduarda!
Robi Rio senador
Mudando de pau pra cassetete, pra eu comprovar que o Robert Rios é tantan das idéias, eu não preciso de nenhum laudo psiquiátrico. Quem, rapaz, que em sã consciência, entrava na mira do revólver do coronel Correia Lima com ele solto e da caneta do Hugo Napoleão quando ela tava cheia de tinta? Então, eu pergunto à minha leitora e ao meu leitor: tem juízo um cristão desse?
Como se não bastasse estes sinais exteriores de loucura, ele agora anda com uma moda nova: quer ser senador. Baseado em que secretário, o senhor pensa que pode vencer uma corrida ao senado? Não é porque eu esteja na minha frente não, mas aqui em Teresina só quem entende as nuvens da política sou eu e o Carlos Augusto de Araújo Lima. Só que ele analisa se apaixonando pelo analisado. E eu sou isento. Eu juro!
Vou, portanto, dar um conselho ao Maluquim, ou melhor, para o excelentíssimo deputado e secretário Robert Rios. E na base do 0800. Pra ser senador, o senhor precisa ter características pra lá de especiais. Por mais que eu lhe analise não vejo nenhuma delas . Pra ser senador tem que ter ou a cara de besta do Mão Santa, ou a feiúra do Heraclito, ou a bufunfa do João Vicente. O senhor não tem de besta nem o caminhado. É feio, mas não chega nem aos pés do deputado Antônio Félix. E no quesito dinheiro, o seu não dá pra comprar nem o filé da língua dum canário belga. Ah, antes que eu me esqueça: pra concorrer ao Senado, o senhor ainda precisa mudar de partido. Este seu PCdoB é mais difícil de carregar do que uma cruz de aroeira molhada. Por enquanto, o senhor só tem de vantagem uma linguona de sogra e mão-de-obra da Betânia, a sua Bebé.
Piqui Fest
Eu sei que poucos gostam do que eu penso. Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca. Eu quero dar uma idéia para o Governo do Desenvolvimento.
Li nos jornais que o governador foi a Petrolina lançar o Festival da Uva de São João do Piauí, que começou ontem e vai até domingo. Acho que não da pra fazer festival só com os quatro hectares de uva que o Piauí tem plantado. Vieram me contar que a uva desse nosso festival veio quase toda do Vale do São Francisco. Mas eu morro e não acredito!
Se cada um mostra é o que tem, eu sugiro que façam agora o primeiro Festival Internacional da Pitomba ou o Pitomba Folia.Todo mundo vai participar. Inclusive eu. Eu quero encomendar logo um stand pra minha exposição, porque no quintal da casa da mamãe só de pitomba tem é dois pés.
Se não gostarem da minha idéia do Pitomba Folia, ou acharem que ela é pobre, pois que façam o Grand Meenting of Pequi Producers, Art and Music Festival, o Piqui Fest.
Não vou cobrar nada pela idéia, mas faço de logo uma exigência. Que pripine o estado de Norte a Sul de placas de propaganda divulgando o evento. Quero tudo do mesmo jeitim do Festival da Uva, onde para cada cacho de uva tem um outdoor.
As sedes desses novos eventos poderiam ser as internacionalmente famosas São Miguel da Baixa Grande ou a inigualável Morro Cabeça do Tempo.