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Economista diz que perspectiva econômica para o estado do Piauà em 2015 é negativa
Por: Da Redação em 08/02/2015 - 23:48
O ano de 2015 iniciou com uma serie de aumentos em diversas áreas de produção, pesando negativamente nos bolsos dos piauienses. O que já se dizia pelos próprios economistas, ainda no fim de 2014, era que este ano seria um momento ruim para fazer investimentos. Hoje, eles já dizem que é uma ocasião ruim para qualquer tipo de gasto. Segundo o economista Fernando Galvão, a partir de agora é importante que as famílias abram mão das coisas supérfluas em função de garantir o primordial.
Para o economista, as pessoas hoje estão sendo obrigadas a deixar de lado a qualidade de vida conquistada nos últimos anos. De acordo com ele, com o aumento do preço dos combustíveis, por exemplo, é importante repensar a necessidade do uso ou não de um carro.
“Se você mora perto do trabalho, por exemplo, quem sabe não seja mais interessante buscar outro tipo de transporte. Carro é um vazamento de renda. É combustível que já está caro, é a manutenção, é prestação a ser paga, é seguro. Então é importante repensar”, disse.
Além do aumento dos combustíveis, o consumidor já sente no bolso o peso de outros aumentos já anunciados. Apenas no mês de janeiro, tarifas como de ônibus, a conta de luz e o crédito pessoal já ficaram mais caras.
A maioria desses reajustes é influência direta do Governo Federal, o que faz cada vez mais o estado do Piauí seja dependente do desempenho econômico nacional.
“O estado do Piauí é historicamente dependente do desempenho do Governo Federal e nos nunca conseguimos romper essa lógica. As perspectivas para o Governo Federal não são positivas para 2015 e isso vai refletir negativamente para o Piauí, na medida em que nós temos uma conjuntura econômica muito instável”, explicou.
Para Fernando Galvão, o plano de desenvolvimento do Piauí deve apresentar estratégias e metas que alimentem o crescimento da economia, sendo capaz de crescer de forma independente. Segundo o economista, desta forma é possível aumentar a base de arrecadação do Estado.
“O Piauí tem que encontrar uma forma de aumentar sua base de arrecadação e ter mais recursos para estimular financiamentos e atrair empreendimentos privados”, afirmou.
De modo geral, se nesse momento de crise as empresas já se comportam de forma cautelosa e o próprio governo já sinaliza que também irá cortas gastos, é importante que as famílias adotem medidas prudentes.
“É necessário repensar como se se gasta, tentar criar forma criativa economizar energia, reaproveitar a agua, dentre outros fatores. Pesquisar cada vez mais os preços, e envolver toda a família”, concluiu.