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06/05/2025 - 20:30Evento será realizado no plenário da Câmara Municipal e é aberto à participação da comunidade
A estimativa dos deputados estaduais do Piauà é de que em 2010 o número mÃnimo de votos para eleger o primeiro parlamentar de uma coligação é de 65 mil votos.
A contagem representa uma diferença de quase 10 mil votos se compara com a eleição de 2006, onde a deputada LÃlian Martins (PSB) foi eleita com 55.795 votos. "Esta eleição vai ser difÃcil, o primeiro deputado não será eleito com menos de 65 mil votos, eu mesmo já fiz uma pesquisa no TRE e já analisei os números e a projeção é esta", afirma o deputado João Madison.
As expectativas dos deputados com relação a eleição pelo voto de legenda também é de que a votação necessária aumente em torno de 4 mil votos, passando de 16 mil para no mÃnimo 20 mil votos . O deputado eleito por legenda com o menor número de votos em 2006 foi o deputado Dr. Pinto (PDT), que obteve uma votação de 16.131 votos.
Uma das causas do aumento do número de votos, segundo o deputado Warton Santos (PMDB), é a grande quantidade de candidatos competitivos que irão se lançar e a dificuldade dos partidos em fazer coligações proporcionais que possam favorecer os candidatos com legenda. Tanto para os deputados que pretendem se reeleger na base do Governo como na oposição as dificuldades são muitas.
O deputado João de Deus (PT), disse que os partidos terão que analisar e selecionar os melhores candidatos "para lançar candidaturas fortes e ter poder na legenda", afirma. Segundo ele a intenção do PT, por exemplo, é lançar um número menor de candidatos a deputado estadual e ter pelo menos 10 candidatos fortes a deputado federal. João de Deus disse que o PT é um partido que tem grande penetração no que diz respeito a coligação proporcional e que cresceu muito desde as últimas eleições. "Mas temos que ter o cuidado de aumentar a bancada por isso não podemos fazer uma coligação proporcional que não favoreça o partido", afirma.
A bancada da oposição também avalia que a coligação proporcional em 2010 deve ser estudada com mais cautela. O PSDB em 2006 não firmou coligação proporcional e elegeu três deputados.
Para o deputado Roncalli Paulo o partido tem uma situação diferente da situação governista. "Eles tem uma grande base com uma grande quantidade de partidos que podem se coligar e dependem muito do que for decidido na coligação majoritária, o PSDB não está na mesma situação", afirma o deputado. Roncalli Paulo foi eleito pela legenda em 2006, quando o PSDB não fez coligação proporcional. De acordo com o deputado o partido "não devemos cometer os mesmos erros de 2006 no que diz respeito a formar coligação e a trazer aliados", acrescente.
CONTAGEM - Nem sempre os mais votados são eleitos. Regra do coeficiente algumas vezes provoca injustiças. A matemática utilizada pela Justiça Eleitoral para definir quem tomará posse ou não na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados é um pouco mais complicada e bem diferente da aplicada sobre quem disputa cargos de governador ou senador. De acordo com a lei "os deputados federais, estaduais, distritais e vereadores são eleitos segundo as regras das eleições proporcionais".
Divergindo do que ocorre nas eleições majoritárias (presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, prefeito e vice-prefeito, e senador), nem sempre os candidatos mais votados ocuparão uma vaga. É necessário que o partido ou coligação a que pertença o candidato obtenha um número mÃnimo de votos, expresso por meio do coeficiente eleitoral.
Entende-se por coeficiente eleitoral, o número de votos que cada partido deve obter para alcançar uma cadeira no parlamento. Assim, mesmo que um candidato tenha sido bem votado, ele pode perder para outro candidato que teve menos votos, mas faz parte de uma sigla cuja soma dos votos alcançou número maior.
Em 2006 a eleição para deputado federal no Piauà teve um caso bem representativo desta situação e que ganhou repercussão nacional. Foi o caso do candidato do PSDB R.Sá Filho, que obteve mais de 82 mil e 200 votos e que não ocupou uma vaga. O deputado federal Alberto Silva que obteve a metade dos votos, pouco mais 41 mil votos, levou a caga na Câmara Federal.
Acontece que Alberto Silva estava em uma coligação e em 2006 o PSDB não fez coligação proporcional com nenhum partido. O partido lançou vários candidatos que tiveram um número expressivo de votos além da coligação.
"Não é o candidato com menor voto que foi eleito, mas sim o candidato representante de uma classe, ou povo, que por conta do coeficiente eleitoral conquistado por seu partido fez-se representar", diz a regra.
Ao contrário do que pensa muita gente, o voto nulo em forma de protesto funciona como manifestação individual somente nas eleições majoritárias. Nelas, nenhum candidato vence sem mais da metade dos votos válidos. Nas eleições proporcionais, a margem de votos que separa os postulantes costuma ser pequena. Logo, a opção pelo "não voto" tende a prejudicar justamente os candidatos que não se valem de clientelismo para se eleger.
Diário do Povo