
Comissão Municipal de Regularização Fundiária se reúne para deliberar sobre procedimentos
29/05/2025 - 13:03Reunião realizada nesta quinta-feira (29) discutiu demandas e definiu encaminhamentos para continuidade dos trabalhos
Com uma bela apresentação do rabequista piauiense, radicado na Paraíba, Beto Brito, terminou a 5ª Edição do Festival de Cultura de Oeiras. Um festival que teve outros pontos altos como as apresentações do grupo “coisa de Negro”, Leo Gandelmam e Vavá Ribeiro.
Antes de qualquer apreciação crítica acerca do evento é necessário dizer que o simples fato de ele ter ocorrido reveste-se de uma importância transcendental, pois esteve bastante ameaçada a sua concretização. Então, levando-se isto em conta, é preciso, de plano, felicitar os seus realizadores.
Isto feito, isto é, reconhecido o heroísmo de uns tantos, aos quais homenageio realçando a figura do jovem e brilhante artista gráfico Jonathas, da Fundac – quem fez o belo cartaz de apresentação do Festival –quero, parafraseando assertiva célebre do dramaturgo Bertolt Brecht, dizer que “é infeliz o Festival que necessita de heróis!”
– Gostei, demais, da apresentação do grupo Coisa de Nego. No segundo dia, meu netinho de seis meses começou a chorar, e eu, avô apaixonado, preferi vir para casa com ele, deixando os pais e a avó, na assistência. Muito bom o Festival, mas o do ano passado foi muito melhor!
As palavras, transcritas acima, ouvi de um mini-micro empresário chamado José Wilson, que comercializa peças de bicicleta e bebidas a retalho no mercado que fica atrás dos açougues (é lá que eu tomo a “Mangueira” antes do almoço). Resolvi transcrevê-las porque pretendo usá-las como as únicas comparações entre este festival e os demais. Só uma pessoa leiga, como ele, tem o direito de fazê-las nestes termos.
A nós, que sentimos, na pele, a possibilidade de que não houvesse qualquer Festival, conscientes, embora, de que não há o menor termo de comparação entre o clima mágico vivido no festival anterior e este, que se encerrou na segunda-feira, dia 8 de dezembro de 2008, não nos é dado julgar com olhos do “pior que” / “melhor que”...
Quiséssemos ou não, uma Campanha eleitoral disputada nos moldes da que ocorreu em Oeiras – embate permanente confrontando posições até, de certa forma, belicosas – exerceu pressões centrífugas no tecido social, chegando, não raras vezes, ao esgarçamento e colocando tradicionais parceiros do festival em campos antagônicos.
Por outro lado, ambas as partes, é bom que se diga, num período de 45 dias após o desfecho eleitoral, praticaram um mutismo oficial que só foi rompido com um comunicado da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo dando conta de sua indisponibilidade administrativa e financeira relativamente ao evento. Mas isso ocorreu, diga-se de passagem, já em meados de novembro, data em que foi prevista, inicialmente, a sua realização.
Então eu entendo que se deva avaliar desta maneira: realmente houve o V Festival de Cultura de Oeiras, isto é, que não é justo dizer que houve “meio festival” nem, de nossa parte, ficar arquitetando comparações. Creio que as fotos que ilustram estas ponderações serão suficientemente elucidativas de tudo o que tentei dizer até aqui.
* Joca Oeiras é Assessor de Imprensa da Fundação Nogueira Tapety
Fotos: Carlos Rubem