
Últimos dias de Abril deverão ser chuvosos no PiauÃ, alerta Defesa Civil
23/04/2025 - 11:07Neste ano, o inverno piauiense foi marcado por chuvas irregulares e abaixo da média histórica
Em reunião realizada ontem (12) com a psicóloga Jeannette Souza, gerente da Assessoria de Projetos e Parcerias Institucionais da FIEPI, uma equipe de profissionais do Instituto ECO VIVA apresentou o projeto VIVA, que tem por objetivo trabalhar através do esporte, o desenvolvimento físico equilibrado dos adolescentes matriculados na rede estadual de ensino. O foco do projeto são os estudantes que se encontram em situação de risco.
“Nossa ideia é fazer um enfrentamento às drogas através do esporte, cultura e lazer”, explica o presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN/PI), Mário Felipe, que esteve presente na reunião. Segundo ele, a princípio o projeto será executado em todos os municípios que fazem parte do Médio Parnaíba e Grande Teresina, incluindo a vizinha cidade de Timon-MA. Também presente na reunião, o idealizador do Instituto ECO VIVA, Carlos Alberto (Carlão), que falou das dificuldades de manter a instituição. “A droga chegou de forma tão avassaladora que não podemos esperar uma solução somente dos nossos governantes”, disse ele.
Na visão de Jeannette Souza, a questão das drogas passa também pela responsabilidade da sociedade civil. “Vamos aproveitar os projetos já existentes, vamos atrás da Lei de Incentivo Fiscal, vamos buscar o apoio de nossos empresários. Eu acredito na independência do Terceiro Setor. O enfrentamento às drogas deve ser preocupação de todo cidadão”, opinou. A gerente da APPI afirmou que a partir daquele encontro será pensado num evento maior com a participação de todos os segmentos da sociedade incluindo a imprensa para dar visibilidade a questão.
Jeannette Souza também revelou que a FIEPI está elaborando um guia, contendo todos os endereços das entidades que desenvolvem projetos de enfrentamento às drogas e álcool na capital e no estado. “Queremos sensibilizar os empresários para mostrar que tem muita gente trabalhando em prol da questão e eles podem apoiar”, comenta.
Participaram da reunião os representantes das igrejas católica e evangélicas, missionário Marcos Vinicius e pastor Sena, líderes comunitários, profissionais que já trabalham no projeto e o ex-dependente químico, Luciê Galeno, de 28 anos , que deu um depoimento emocionante sobre seu envolvimento com as drogas e a dificuldade de sair da criminalidade.
“Eu comecei aos 13 anos, mas percebo que crianças estão usando e sendo usadas por traficantes cada vez mais cedo. No meu bairro tem crianças de 7 anos e idosos com mais de 60, todos envolvidos e até meninas de 12 anos se prostituindo para ter acesso a droga. Outras pessoas entram no tráfico pela ilusão de ganhar dinheiro fácil. Se esse projeto der certo, vai ser uma benção. Vocês podem ter certeza!”, disse o rapaz.
Uma boa notícia foi a certeza da parceria entre Fiepi e Instituto Eco Viva. “O projeto já tem uma história a contar, não vejo dificuldades em expandi-lo”, declara Carlos Alberto. Ele relatou que através do Projeto Viva uma comunidade inteira já foi urbanizada na zona Sul, no caso o Residencial Saci, ao lado do Conjunto Saci. “Nosso movimento é apartidário, ecumênico, queremos integrar os diversos segmentos da sociedade para promover a qualidade de vida”, finalizou Carlão.