
Oeiras sedia I Encontro dos Núcleos de Capoeira RaÃzes do Brasil
02/05/2025 - 10:10Evento reuniu grupos locais e convidados, com apoio da Prefeitura de Oeiras e instituições parceiras
Toda festa precisa de música. Um som que dite o ritmo. A 12 minutos do pontapé inicial da partida de abertura da Copa de 2014, nesta quinta-feira, jogadores de Brasil e Croácia já se perfilavam no túnel quando o sistema de som da Arena Corinthians entoou “Thunderstruck” (assustado, em português), da banda de rock AC/DC. Se o estádio já pulsava, foi ao ápice com o Hino Nacional, cantado à capella após o padrão Fifa cortar a execução. São Paulo, considerada uma cidade que recebe friamente a seleção brasileira, entrou no clima. Sim, ia ter Copa.
O gol contra de Marcelo o deixou assustado, como diz a música do AC/DC, mas o astral não se abalou. Neymar chamou os holofotes, foi para o centro da pista e empatou. No segundo tempo, com os 62.103 convidados inquietos e já esperando o fim de festa desanimados nas arquibancadas, entrou em cena o árbitro japonês Yuichi Nishimura. Ele marcou pênalti inexistente em Fred, e Neymar converteu. Oscar fechou a conta, garantindo a vitória e a festa do Brasil na abertura da Copa em que é anfitrião.
Com os 3 a 1 no placar, o Brasil superou seu primeiro desafio na busca pelo sexto título mundial. No ritmo de Neymar, ovacionado pela plateia, espera-se que o ritmo da festa seja semelhante contra o México no próximo dia 17, no Castelão, em Fortaleza.
Táticas seguidas à risca
Três dias antes do jogo de abertura da Copa, o croata Olic disse que a defesa do Brasil sofria poucos gols, mas deixava espaços que podiam ser explorados. Por isso, o foco dos europeus foi o ataque pelos flancos. A primeira chance do jogo nasceu com o atacante, aos seis minutos, em cruzamento vindo da esquerda. De cabeça, ele cabeceou perto da meta de Julio Cesar. Desatento no primeiro tempo, Daniel Alves avalizou a observação do rival e, aos dez, não teve pique para conter o avanço de Olic pela direita da defesa. O camisa 18 cruzou rasteiro, Jelavic furou, mas a bola encontrou Marcelo. O primeiro gol da Copa do Mundo de 2014 foi contra.
Assustado e com pouco espaço para se movimentar, o Brasil buscou as jogadas aéreas, treinadas à exaustão nos treinos desta semana na Granja Comary. Não deu certo. Mas a Croácia não conseguiu manter a mesma pegada no meio de campo e foi, aos poucos, deixando brechas. Começou, então, a prevalecer o talento de Neymar.
Força e jeito
O mais jovem camisa 10 da seleção brasileira em Copas desde Pelé chamou a responsabilidade. Aos 21 minutos, driblou Rakitic dentro da área e cruzou rasteiro, mas Srna evitou o empate. No rebote, Oscar bateu com efeito e o goleiro Pletikosa salvou.
Mas a junção entre talento e vontade pode trazer resultados positivos. Nesse segundo quesito brilhou Oscar, que mesmo caído conseguiu desarmar Modric e tocar para Neymar. Ele fugiu da falta e próximo da meia-lua bateu cruzado, de pé esquerdo. A bola ainda tocou a trave direita antes de decretar o empate na Arena Corinthians.
Os penetras
Com o jogo truncado após o intervalo, os dois técnicos colocaram ânimos novos em campo. Felipão trocou Paulinho por Hernanes, aos 18, e Hulk por Bernard cinco minutos depois. Aí surgiram os penetras da festa. O árbitro Yuichi Nishimura, por ver pênalti de Lovren em Fred, foi “aceito” pela torcida. A presidente Dilma Rousseff, escondida em uma das tribunas, não. Vaias e palavrões contra a presidente do Brasil na Arena Corinthians.
Para a festa terminar sem problemas, o Brasil controlou a bola e tentou fechar o meio de campo, mas mesmo assim os croatas tentaram estragar a comemoração. Para garantir a alegria de todos, Oscar, em grande atuação, decretou o 3 a 1.