
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
 Foram divulgados nesta quinta-feira (09) os números da violência no Brasil no Anuário Brasileira de Segurança Pública. Os dados gerais são animadores para o PiauÃ, onde houve redução de 7,6% nas mortes violentas intencionais (703 casos em 2016 e 651 em 2017) e 7,2% na quantidade de homicÃdios dolosos (642 em 2016 e 597 em 2017). No entanto, quando se trata da violência praticada contra o público feminino, o Estado ainda apresenta dados assustadores.
Segundo o Anuário da Segurança Pública, o Piauà registrou um aumento de 12,3% nos casos de homicÃdios de mulheres, ou seja, mortes violentas de pessoas do sexo feminino, mas que não possuem a qualificadora do feminicÃdio (crime de ódio contra a mulher). Ao todo, 55 mulheres foram assassinadas no Piauà em 2016 em ocorrências diversas como latrocÃnio e tentativa de latrocÃnio ou troca de tiros, por exemplo. Em 2017, este número já era da ordem de 62 casos.
Já com relação aos feminicÃdios, ou seja, os assassinatos de mulheres motivados pelo simples fato de elas serem mulheres, reduziram 16,2% entre 2016 e 2017 no Estado, saindo de 31 casos para 26. Mas o que chama atenção nos casos de 2017 é autoria dos crimes. Foi o ano em que duas ocorrências geraram revolta na população por terem sido, os crimes, praticados por agentes da segurança.
Foi o caso da estudante Iarla Lima Barbosa, assassinada pelo ex-companheiro José Ricardo da Silva Neto, que era tenente do Exército Brasileiro. Em situação semelhante, se deu a morte de outra estudante: Camilla Abreu, 21 anos, morta também pelo ex-companheiro, o capitão da PolÃcia Militar Alisson Wattson da Silva Nascimento.
Nos dois inquéritos, a polÃcia concluiu que os assassinos agiram motivados pelo ódio à s vÃtimas diante da sensação de perda de posse e de controle sobre elas. Silva Neto e Alisson Wattson foram indiciados por quatro crimes: homicÃdio com qualificadora de feminicÃdio, agressão sem chances de defesa à vÃtima, ato praticado com requinte de crueldade e tentativa de fraude processual.
Com relação aos crimes de estupro e tentativa de estupro, o Piauà também vem apresentando um cenário negativo. De acordo com a publicação do Fórum de Segurança Pública, os registros de crime de estupro subiram 18,1%, saltando de 653 em 2016 para 773 em 2017. muito embora tenha havido uma queda nos registros formais (denúncias feitas) de tentativa de estupro: 160 em 2016 e 155 em 2017, uma queda de 3,3%.
Outros dados
Teresina tem seguido na contramão do que se observa em todo o Piauà quanto aos crimes de latrocÃnio ou roubos seguidos de morte. No Estado, em 2016, foram 49 casos contra 45 em 2017, o que representa uma redução 8,4%. Mas quando se trata de Teresina, este cenário muda e os latrocÃnios aumentam: foram 22 casos em 2016 e 25 em 2017, um aumento de 13,3%. Vale ressaltar que agora, nos seis primeiros meses de 2018, a Capital já contabilizou 22 latrocÃnios, quase o total observado no ano passado.
Um caso que chamou a atenção foi o da empresária Tânia Alves, dona do bar Quintal da Tânia, que foi assassinada com um tiro no rosto durante assalto, mesmo sem esboçar qualquer reação á investida do suspeito. Ela retornava de uma festa de aniversário com mais duas amigas no Monte Castelo.
Mortes decorrentes de intervenção policial dobram em Teresina
Casos de abordagens policiais mal sucedidas fizeram a população teresinense se questionar a respeito do preparo dos agentes de segurança pública do Estado. Os dados do Anuário revelam que as mortes decorrentes de intervenção policial em Teresina aumentaram 100% entre 2016 e 2017, saltando de sete para 14.
Em 2016, duas pessoas morreram após intervenção de policiais militares durante serviço em ocorrências. Em 2017, esse número subiu para oito. Já as mortes decorrentes de intervenção de policiais militares fora de serviço saÃram de quatro em 2016 para cinco em 2017. Abordagens feitas por policiais civis em serviço não resultaram em mortes em 2016 e em 2017, mas as feitas por policiais civis fora de serviço resultaram em uma morte nos dois anos.
Um caso que chocou a população teresinense e causou comoção foi da menina Émile Caetano , que foi morta a tiros por militares durante perseguição na Avenida João XXIII. O caso aconteceu em dezembro do ano passado após o carro da famÃlia da criança não ter parado em uma barreira da polÃcia. Os tiros, segundo populares continuaram mesmo após o veÃculo ter parado mais adiante, perfuraram o vÃdeo traseiro e atingiram a menina que estava no banco de trás.