
O Governo e a PMT estão quebrados! Sabem por quê? Eu sei!

O Papai chegou!
Minhas amadas leitoras e leitoras! Depois de um inverno fraco, eis-me aqui para abrandar a saudade que me maltrata e me mata.
Nestes dias em que estive distante desta coluna, me entreti quase que completamente em correr atrás do leite da minha filhota (a petistinha). Aliás, quando coloquei este apelido nela, aqui mesmo neste espaço, o fiz porque ela, ainda bebêzinha, só queria dormir se fosse passeando em carro de luxo.
Naquela oportunidade, uma leitora atenta me advertiu que as palavras de mãe e pai tem tanto poder que quando não são benção são maldição. E me aconselhou a não chamar a inocente com este nome. Dito e feito! Agora que ela já está grandinha, quando as coisas são do agrado dela, tudo é lindo e é perfeito. Ganho abraços, beijos e sou o papaizinho mais bonito do mundo. Mas, quando eu me recuso a dar o que ela acha que merece, então ameaça quebrar a casa, risca as paredes, quer beliscar o povo, grita, faz greve de fome, joga os terém nos outros...Coisa de petista mesmo!
Uma outra coisa que fiz por esses dias foi me aprimorar na arte de sabe-tudo. Minha sabedoria é tanta que aqui no Piauí só tiro o chapéu para o Silvio Leite, pro Sergio Vilela e pro Arimatéia Azevedo. Não é segredo pra ninguém que domino todas as artes, me atrevendo a dar pareceres de bosta de calango a foguete da Nasa. E pra isso preciso ler aqui e acolá.
Do que li, colo aqui uma linhas escritas pelo gaúcho Hipólito da Costa, fundador da imprensa brasileira, na primeira edição do Correio Braziliense datado de 1808. “O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela. E cada um deve – segundo suas forças físicas ou morais – administrar em benefício da mesma os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte ou a educação lhe prestou.”
Não saia daí que eu volto jajazim! É mais ligeiro do que coice de leitoa!
Os tratos do meu avô
Meu avô Manoel Damásio era um homem de compromissos, que ele chamava de “tratos”. Nem relava um trato, nem aceitava que relassem um trato com ele. Certa vez, na roça dele, deu tanto arroz que tava era já se apodrecendo no cacho. E ele não dava conta de panhar sozinho. Contratou o Vicente, um vizinho, para estar 6 horas da manhã na porteira da roça. O Vicente chegou uns poucos minutos de atraso. Ele, muito precisado da mão de obra, mas mais precisado ainda de educar os que conviviam com ele, desembuchou: “Vicente, você pode ir embora. Eu perco meu arroz, mas hoje você não trabalha pra mim. Trato é trato!” E aquilo ficou na minha cabeça.
Ainda pelos anos 80, eu ainda menino, a campainha da minha casa tocou numa madrugada. Era um vizinho com as mãos na cabeça. A mulher dele tinha entrado em trabalho de parto e ele precisava de um dinheiro para custear a cirurgia. Foi falar um empréstimo a meu pai. Meu pai podia emprestar. O vizinho era amigo dele. E ele precisava de amigos, afinal, amizade é como caldo de galinha: não faz mal a ninguém. Mas, mais precisado mesmo ele sempre se sentiu na obrigação de educar os outros: “Você teve 9 meses pra se preparar para o parto da sua mulher e não se preparou, e agora vem bater na minha porta?” Negou a ajuda! Educação financeira é educação financeira!
Lições da vida
Das lições do Hipólito da Costa, do meu avô e do meu pai, me ficou a convicção de que eu preciso compartilhar com a sociedade o que eu sei. E, modéstia às favas, eu sei de tudo. E mais um pouquim!
Faz uns dias, vi o prefeito Elmano Férrer se queixando que Teresina, sob o seu comando, ainda não recebeu um centavo de verbas de Brasília. Que as finanças do município estão mais apertadas do que carretel de sapo, que não sei o quê lá e não sei o quê mais lá e coisa e tal.
Nesta semana, vi uma foto do governador Wilson Martins correndo o pires em Brasília, atrás de algumas migalhas pra o Piauí tirar o pé da lama. Ontem, quinta-feira, vi no Diário do Povo uma declaração do Controlador Geral do Estado, Antônio Filho, dizendo que a situação financeira do Piauí teria passado do amarelo para o vermelho. Sei, sei!
Vidro fumê
O Governo do Estado e a PMT estão quebrados por que? Ninguém sabe? Pois o papaizim aqui sabe!
No Governo do Estado, o que se vê é o “Projeto de Desenvolvimento” do Wellington Dias a pleno vapor. Leia-se por Projeto de Desenvolvimento a vontade do dono amarrada no rabo do jumento. É secretaria pra todo lado, é loteamento de cargos, é nepotismo, é desperdício pro lado do vento e o diabo a quarenta... E ainda falam em dificuldades? Pra cima de muá? Nam!!!! Contem outra!
Na PMT, o que se vê é uma mudança total nos rumos da gestão. Saíram de campo os técnicos e entraram no jogo políticos do PTB e do PT. Veja essa: um dono de construtora de Teresina me dizia em novembro ultimo que para se tirar um ITBI (imposto sobre a transferência de imóveis), com dinheiro na mão, o contribuinte teria que esperar 60 (sessenta) dias. Tudo isso por conta de uma tal mudança de sistema. Pra mim o nome disso é in-com-pe-tên-cia! E outra: como ainda não veio dinheiro de Brasília? Dos 3 senadores que o Piauí tem, dois (João Vicente e Ciro) são das entregas do prefeito Elmano e mandam em mais da metade de sua administração. Lá o que não é do PT, é do PTB ou do PP (que come pelas beradas, feito gato em prato de mingau).
Em vez de ficar vendo o noticiário com esta prosopopéia flácida de mamãe bote o meu, eu sugiro à minha leitora e ao meu leitor que ouçam a mais nova página sonora gravada pelo Reginaldo Rossi. Chama-se “Rossi no Cabaret”. Lá pelas tantas, tem uma música intitulada “Vidro Fumê”. Na cantiga, o cabôco pega a mulher que ele tanto ama entrando num carro importado com os vidros escuros. E fala da dor que sente só em calcular o que tá rolando lá dentro daquela viatura. Ô Rossi, faça um cálculo você aí a dor que nós estamos sentindo! Você tava só imaginado. Nós tamo é vendo, seu Rossi!