
Falece em Oeiras, Maria de Souza Feitosa aos 83 anos
01/05/2025 - 07:33Matriarca da famÃlia Feitosa enfrentava uma doença pulmonar e deixou filhos, netos e bisnetos
*Por Perpétua Mary Santos Neiva
01 de abril de 2017
Nossa velha Oeiras parou...
Vestiu- se de luto e chorou a partida de um dos seus filhos mais queridos e mais nobres nas artes de trabalhar com dedicação e afinco, amar e servir ao próximo. Ser amigo verdadeiro em todas as horas, brincar e arrancar sorrisos de todos que dele se aproximassem, buscar solução para todas as armadilhas que surgissem.
Praticar a caridade de forma tão abrangente e valiosa a ponto de muitos lhe considerarem "pai", rezar no peito uma fé inabalável devotando à São Francisco muita confiança e amor.
Da família, Anchietinha era a base e o ápice porque nunca se afastou de nossa casa, nem de perto dos nossos pais para com eles ajudar a formar os irmãos mais novos. Nunca voou do ninho paterno, sempre presente, ao lado do nosso querido pai a desenvolver e prestar à sociedade oeirense os serviços cartorários mais organizados e hábeis de que todos necessitassem.
Carregava no rosto um sorriso franco, uma gargalhada farta e uma maneira própria de ser "Anchietinha", "Chietinha", o pai e o amigo de todas as horas.
Amava a família acima de tudo e devotava a mulher amada, companheira de todas as horas um amor escancarado de reconhecimento e admiração, seu Anjo da Guarda, como assim dizia merecidamente.
Seus filhos e seus netos eram seu maior orgulho e preocupação com o futuro.
Seus irmãos formavam com ele a família Neiva Santos da qual tanto se orgulhava e preservava. A nós sempre agradecia o amor e o companheirismo.
Nossos pais eram seu norte. Não sofria pela doença que o maltratava e sim pelo sofrimento que causava à eles por não vê- lo curado. Anchietinha era manso, humilde, generoso, portador de muita fé.
E assim, sua casa lotou de amigos para vê-lo partir. Na pracinha da SEMED bancos e cadeiras repletos de gente e ao derredor carros e ônibus estacionados de pessoas amigas que vieram de outros lugares e cidades para despedir- se do guerreiro.
Sim, Oeiras parou neste domingo. Se ouvia vez em quando o sino da matriz, amada Catedral a repicar acordes da morte de um cristão. Era Anchietinha que partia.
As orações pronunciadas, os cânticos sacros executados, a belíssima celebração do Padre Possidônio, o ritual da maçonaria com a flexão da urna funerária na gruta de São Francisco e o cruzar das espadas para a passagem do caixão.
Homenagens ou despedidas? Velório do nosso guerreiro, prantos que se derramavam como a chuva que caíra logo após o sepultamento, como a lavar nossas dores e saudades.
Primeiro de abril e a verdade clara e transparente como a chuva: nosso guerreiro partiu!
E agora, como caminhar sem ele? Como aliviar essa saudade que de tão grande, dói e arde feito brasa?
Só clamando ao Deus de Misericórdia e pedindo aos amigos que rezem conosco para alívio dessa solidão que sentimos!
*Perpétua Mary Santos Neiva é irmã de José Anchieta dos Santos Filho, falecido no último dia 01º de Abril.
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