Estado
Pesquisa aponta que 34% da população no Piauí vive insegurança alimentar
Número se agrava em famílias com crianças com menos de dez anos.
Por: Da Redação em 07/01/2023 - 21:25
Dados divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (RBPSSAN), apontam que em 2022, mais da metade da população brasileira conviveu com algum tipo de insegurança alimentar.
No Piauí, esse índice é de 34,3% da população que não sabem se vão comer ou se terão todas as refeições do dia. Como é o caso da família daThais Cristina, que mora no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina.
“Aqui no meu bairro, na minha comunidade, nunca veio ninguém do Estado olhar por nós. A realidade está aí todo mundo ver o que a gente está passando. Nós somos os invisíveis da sociedade, a gente precisa das assistências, mas, as assistências não chegam até nós”, conta a dona de casa.
Com a pandemia provocado pelo vírus da Covid-19, é possível notar o aumento nos números de pessoas que passam fome no Brasil nos últimos dois anos. De acordo com RBPSSAN, os estados mais atingidos pela insegurança alimentar grave estão no Norte e Nordeste e são:
Alagoas – 36,7%
Piauí- 34,3%
Amapá – 32%
No Piauí, a ex-governadora Regina Sousa assumiu a Secretaria Estadual da Assistência Social (Sasc), pasta responsável por garantir a proteção social dos cidadãos e apoiá-los no enfrentamento de dificuldades, por meio de programas e benefícios. A secretária garante que resolver os problemas sociais passa por um pilar básico.
“Comer, ter segurança alimentar, não só encher a barriga, mas ter qualidade também. Água boa para beber, ainda temos muita dependência do carro pipa, temos que acabar com isso e garantir a casinha para morar. Essas três coisas são fundamentais para dizer que a pessoa é cidadã”, destacou Regina Sousa.
A pesquisa revela ainda que em domicílios como o da Thais Cristina, em que há crianças menores de dez anos, a fome é ainda maior, em que a proporção da insegurança alimentar moderada ou grave passa dos 40%.
“Dói a fome, dói a sede, dói a dificuldade, dói você ver seu filho precisando e você não ter para dar. Dói como mãe, como esposa e como filha. Só dói”, declarou Thais.