Piauí tem cidade que é terra de ninguém

O Piauí tem a única cidade brasileira que está há quase um ano sem prefeito. É Curimatá, no sul do Estado. O problema começou no mês de abril de 2008, quando o prefeito Valdecir foi cassado. De lá pra cá, o comando do executivo municipal já passou por inúmeras mãos, outro prefeito, o eleito, já foi preso acusado de assaltos, e até o juiz do município, Osório Bastos, foi parar atrás das grades, acusado de posse ilegal de armas, tinha um verdadeiro arsenal. Ele é acusado de envolvimento com o crime organizado no Estado.



No ano de 2008, o então prefeito Valdeci permaneceu aproximadamente 2 meses no cargo mesmo depois de cassado; assumiu por um mês a presidente da Câmara Municipal, Idalice, que nomeou o prefeito cassado como chefe de gabinete.



Um mês depois, e com muita confusão, a vereadora Florenice assumiu o cargo até dezembro, durante o período, muito se falou e tentou tirar Florenice da prefeitura. Após uma estafante e acirrada campanha eleitoral no final do ano passado - 2008 - (com denuncias de compra de voto), Zezinho foi eleito, mas um mês depois ele foi preso em Teresina, acusado de assaltos e formação de quadrilha e permanece até hoje preso no Recife.



Mesmo da prisão, Zezinho foi diplomado, mas o seu vice foi quem assumiu neste mês de janeiro. Por força de uma ordem judicial a Prefeitura Municipal de Curimatá foi lacrada.



Com tanta confusão, o certo é quem a população do município não sabe quem é o prefeito, nem quem dá as cartas no município de Curimatá.



A confusão toda é porque o prefeito preso teria que assumir em 10 dias. Era o tempo que ele teria que sair da prisão para comandar os destinos do município.



Quem mandou lacrar a prefeitura foi o juiz de Avelino Lopes, já que o da Comarca de Curimatá foi preso com um arsenal de armas e acusado de envolvimento com o crime organizado.



Quando estava prefeita, Florenice teria recebido uma serie de documentos da prefeitura. Ela só teria recebido já no final do mandato e muitos deles desapareceram na troca de comando.


A outra ex-prefeita, Idalice, teve sua candidatura bloqueada e não se reelegeu. Florenice foi processada pelo ex-prefeito Valdecir.


De abril de 2008 até o agora, Curimatá teve 3 prefeitos e nehum foi eleito pelo voto popular.


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