
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, oficializou nesta segunda-feira a criação de um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático). O evento aconteceu na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) nesta tarde, quando o prefeito também oficializou sua saída do DEM. O prefeito contou com o apoio do vice-governador do Estado, Guilherme Afif Domingos, que também anunciou sua saída do DEM.
Durante o evento, Kassab disse que o PSD tem um novo olhar para as necessidades do povo brasileiro. O prefeito afirmou ainda que "não há mais partidos de esquerda e direita, mas há espaço para aquele que contribui para o crescimento e desenvolvimento da nação".
Além de Kassab e Afif Domingos, outros políticos manifestaram intenção em migrar para o PSD. Entre eles, o ex-governador Cláudio Lembo; o prefeito de Itu, Herculano Passos; os deputados federais Joji Hato, Guilherme Campos, Walter Ihoshi, Zulaiê Cobra, Eleuses Paiva e Marcelo Aguiar; e a deputada estadual Rita Passos.
Situação
O novo partido será organizado a partir de grupos de trabalhos, coordenado por Afif Domingos. Haverá ainda a criação de grupos de trabalho em alguns Estados, como São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins, Roraima e Minas Gerais, para preparar juridicamente o nascimento definitivo do partido. Não faremos fusão. Fomos convidados por duas legendas respeitáveis, PMDB e PSB, e definimos que o partido caminhará com suas próprias pernas nas eleições municipais do ano que vem, coligado ou com candidatura própria, disse Kassab.
De acordo com o prefeito, o partido não será de oposição e apoiará o governo federal nos projetos que forem importantes para o país e será contra os que não considerar favoráveis ao povo brasileiro. Mas torcemos muito para que a presidenta Dilma Rousseff faça um bom governo, porque é bom para o país. Eu não votei nela, votei no José Serra e me orgulho disso, mas hoje o Brasil tem um novo presidente. Seja como cidadão, seja como eleitor ou dirigente deste novo partido, estou ao lado daqueles que torcem para o sucesso da presidenta.
Críticas
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje que a reforma política é o caminho para evitar a criação de partidos ocasionais, referindo-se à criação do PSD. Perguntado sobre alguma semelhança entre o PSD pretendido por Kassab e o antigo PSD (partido que existiu entre 1945 a 1965), Sarney foi irônico: eu conhecia a UDN (União Democrática Nacional), do qual já era um expoente na década de 60.
Há ainda a expectativa de que o novo partido se una, mais tarde, ao PSB. Dessa forma, segundo a análise de alguns senadores, a criação do PSD seria uma ponte para o lançamento da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República na campanha de 2014.
Se ele quiser se viabilizar para presidente já está arrumando sua cama, disse a senadora e vice-presidente do PSDB, Marisa Serrano (MS). Segundo ela, em conversas informais entre as lideranças do partido, essa é a avaliação que predomina.