Previdência municipal e problemas com transporte escolar em Oeiras são debatidos na Câmara Municipal

 Mais uma vez o projeto sobre a municipalização da previdência social foi tema na sessão da Câmara de Vereadores realizada na noite dessa segunda-feira, 09.

O vereador Miguel Ângelo (PMDB) trouxe mais uma vez o projeto para ser discutido na tribuna ” Ele já foi encaminhado para a comissão de constituição e justiça e já comecei a fazer a leitura do projeto, já estou mais ou menos na metade. Projeto audacioso, corajoso e preocupante. Eu chamo atenção para a sociedade oeirense e principalmente para todos os funcionários municipais, pois através dessa lei se aqui nesta casa for aprovada, vai ser redigido o sistema de previdência social do município de Oeiras”, disse

“Então é preciso que todos os vereadores, funcionários, sindicatos possam fazer amplo debate sobre esse projeto. Ele tem que ter a responsabilidade maior do poder legislativo. Cada um tem a sua responsabilidade. É preciso ler e compreender e se embasar bem como ele funciona, como em outras cidades, pois na maioria o projeto não foi bem sucedido, a internet está ai para mostrar as manchetes negativas nos portais em relação a previdência municipal”, disse o vereador enquanto mostrava algumas notícias.

O vereador ainda destacou que é preciso convocar principalmente os funcionários para que eles possam esclarecer realmente como é o sistema da previdência social, afirmando ainda que é preciso ter responsabilidade nesse projeto. Miguel Ângelo afirmou ainda que considera o projeto relevante, mas que ficará ao lado do povo, ao lado dos funcionários.



O vereador Letiano também se mostrou preocupado com o projeto e disse que ele deve ser mostrado mais tecnicamente. “Nós deveríamos mostrar tecnicamente o projeto para que possam conhecer mais profundamente e fazer uma análise, pois não é essa administração que estará daqui a 10, 30 anos. Trazer advogados da área previdenciária, entre outros profissionais, para que possamos ter a luz para toda essa discussão”, destacou.

TRANSPORTE ESCOLAR

Outro problema debatido na Sessão da Câmara nesta segunda foi o transporte escolar no município.

De acordo com o vereador Beron (PMDB), ele recebeu queixas de que alguns alunos da rede estadual estariam precisando de carona e os ônibus da prefeitura estariam se negando a trazer tais alunos da zona rural. O vereador Emerson Gonzaga ressaltou essa questão dizendo que alunos afirmaram que os motoristas dos transportes estariam recebendo ordens da Secretária Municipal de Educação para não transportar alunos oriundos da Rede Estadual. ” Sei que não é responsabilidade do município, mas negar uma carona para um aluno de família humilde da zona rural, que está vendo seu sonho ir embora, acho isso inaceitável”, disse Emerson Gonzaga.

Ele informou ainda que se dirigiu a Secretária Estadual de Educação para verificar o caso e saber o que estava acontecendo. “Queria saber por que os alunos de Oeiras estavam sendo penalizados. Fui informado que o Prefeito Municipal de Oeiras teria interesse de fazer uma parceria com o estado, e estava tendo dificuldade com essa parceria devido aos custos que não estavam fechando. A prefeitura queria um valor e o estado outro. Me informaram que o prefeito iria desistir do termo, e o estado assumiria a responsabilidade do transporte de alunos do estado. Mesmo assim, acho a atitude equivocada em não transportar alunos do estado que estudam em Oeiras enquanto não se resolve a situação com o estado”, destaca.

O vereador Miguel Ângelo (PMDB) disse que entende a situação da prefeitura, mas que não ver nenhum problema em prestar essa ajuda aos alunos do estado que estudam em Oeiras, enquanto a situação não se resolve. O vereador afirmou ainda que não há desculpas em relação a Secretaria Estadual de Educação com relação a organização para resolver esses problemas. “Já estamos no fim do mês de março, não há desculpa pra isso”, ressaltou.

O vereador Expedito Martins disse que vai conversar com o poder executivo sobre o assunto e prometeu trazer explicações sobre as acusações. “Não sei se isso é verdade, irei conversar com os responsáveis no poder executivo. Concordo com a “carona”, eu, vereador Expedito Martins, se fosse gestor, não teria problema em dar a ordem para transportar esses alunos enquanto o problema não se resolva”, enfatizou.