
Mais de 60 mil eleitores do Piauí podem ter título cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o país, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região retirou de pauta, já no início da noite desta terça-feira (20), o recurso apresentado pelo deputado federal Assis Carvalho (PT) que contesta a condenação imposta pelo juízo federal em primeira instância. A condenação do juiz de piso o torna inelegível por cinco longos anos. Se mantida em segunda instância, ele, em tese, fica fora das próximas eleições.
Dos três integrantes da terceira turma do TRF-1, a relatora do caso, juíza Rogéria Maria Castro Debelli, já votou e manteve a condenação. Agora, outros dois integrantes da turma devem apresentar seus votos. Mas o próximo a votar, Ney Bello, tirou a matéria de pauta na noite de ontem.
O caso envolve a gestão do petista à frente da Secretaria de Saúde e ainda a Funace.
A juíza convocada, Rogéria Debelli, chega a ser dura em seu voto, e afirma taxativamente que durante a gestão do deputado federal Assis Carvalho, enquanto secretário da Saúde, "houve quebra de confiança em relação ao cargo que ele ocupava e à instituição" e que “a confiança é necessária para a manutenção do vínculo” do agente com o poder público.
O deputado federal, Assis Carvalho, comentou sobre o processo que responde por improbidade administrativa e declarou que "nunca vai perder a fé na Justiça".
"Houve decisão monocrática no Piauí que a própria decisão me inocenta e depois me condena porque diz que não houve benefício pessoal... depois vem um questionamento sobre licitação que não era eu que fazia, não há dúvidas de que o processo tem muitas falhas e de que a Justiça será feita. Nunca vou perder minha fé na Justiça", disse Carvalho sobre o processo.
Deputado comenta sobre a intervenção do Rio de Janeiro
Já em relação a intervenção no Rio de Janeiro, o petista declarou que o Governo tenta 'jogar para a plateia' o problema da Segurança Pública. Segundo ele, a intervenção no Rio é a 12ª e, desta vez, foi decretada apenas com um nome diferente.
"Quem tem responsabilidade em discutir Segurança não vê nenhuma sustentação. O Exército já estava lá...o que eles tentam fazer é uma situação de 'vale-tudo'. Em cima do morro tem ladrão e pessoas envolvidas com drogas, mas também tem pessoas honestas. O Exército não foi preparado para enfrentar situações como essa. O Exército é para enfrentar guerra, proteger fronteiras...não tem capacidade de lá de cima do morro separar o joio do trigo", declarou o Carvalho.
Metaforicamente, Assis Carvalho disse ainda que o Governo usa uma "medicação errada" [intervenção] para um problema que existe [Segurança Pública].
"Não dá para tratar de uma doença com uma medicação que não foi preparada para isso. Não há possibilidade nenhuma de uma ação desta forma dar certo. O Michel Temer faz isso para aliviar o foco na corrupção", reitera.
Assis Carvalho comentou ainda sobre a possibilidade do presidente Michel Temer concorrer as eleições à Presidencia da República.
"Admitir uma candidatura de um presidente que tem 3% de apoio e 90% de rejeição é acreditar no Papai Noel. Essa possibilidade não existe. É fantasia de quem tem medo de urna", disse.