Um livro sobre o Zé de Helena

Por Joca Oeiras

Não sei o que foi que sonhei, na verdade nem sei se sonhei alguma coisa mas, semana passada, quando estava em São Lourenço-MG, hospedados, eu e minha filha, na casa de um velho amigo, assim que acordei, me veio a ideia de escrever um livro sobre a Vida e a Legenda do grande oeirense Zé de Helena.


Embora concorde, no atacado, com o cartunista Paulo Moura para quem não foi uma ótima ideia retirar o acento da palavra “ideia”, acho esta – que tive ao acordar naquela bela estância termal do sul de Minas – especialmente iluminada!



Ninguém pense, no entanto, que reputo a tarefa que me dei como algo fácil de concretizar a contento e, embora saiba que é impossível satisfazer a todos, não pretendo produzir menos que uma obra verdadeira e da qual, fazendo justiça ao homenageado, possa orgulhar-me de tê-la produzido.


A parte, talvez, mais espinhosa da tarefa a que me propus é a ampla pesquisa do vasto anedotário – aqui é bom lembrar que nem toda a anedota é uma piada – do nosso herói e, para tanto, evidentemente, vou precisar da colaboração de todos mormente dos que conviveram com ele mais amiudadadamente.


Aliás, a simples notícia dessa intenção já me rendeu saborosos frutos:


Da professora Socorro Barros recebi o seguinte e-mail:

De: Maria do Socorro Barbosa Barros
Para: Joca Oeiras
Enviadas: Terça-feira, 27 de Março de 2012 21:12
Assunto: Re: Biografia romanceada do inefavel Zé de Helena

Caro Joca, excelente iniciativa, o Zé de Helena merece.

Tenho um carinho muito grande pela pessoa que ele foi, pois meu convívio com ele é desde criança. Moro quase em frente à casa que foi da mãe dele, Dona Helena, onde hoje é o poço da caixa d'água. Ela era uma senhora muito bondosa e aos domingos a gente ia comer bolinhos, sequilhos e tomar guaraná, ouvindo Roberto Carlos, que ele, o Zé, adorava. O cheiro dos domingos naquela casa cheia de plantas e flores é INESQUECÍVEL.

Uma vez, acho que foi em 2004, 2005, não lembro ele me procurou, como historiadora, para falar sobre Minas Gerais, pois iria conhecer Ouro Preto, Mariana, etc. Lembro que marquei com ele um encontro na UESPI, e conversamos um bocado. Ele, excelente aluno, tudo queria saber. Falei da história, da arte barroca e da experiência de turista, pois já conhecia as cidades mineiras. Ele viajou e esqueci desse encontro; quando chegou-me um telegrama do senhor José Hipólito e eu não conseguia relacionar a ninguém que conhecia. Pra nós sempre foi Zé de Helena, a chará da minha mãe. Quando o abri dizia assim:
"Professora, os meus olhos viram o que teus lábios disseram-me. Obrigado". Achei aquele agradecimento, a poesia mais original, mais musical e mais cheia de encantamento que poderia ter lido. Tive certeza: a aula tinha valido a pena. Só lamento não encontrar mais o telegrama que guardava dentro de uma agenda estimada.
Vá em frente. Você encontrará material para um Best Seller
Abraços,
Socorro Barros


Comentário de Augusta Rocha no facebook

Augusta Rocha - Oi Joca, uma vez fiz um aniversário de Zé de Helena em Oeiras para angariar recursos para ele realizar o seu sonho de conhecer o Rio de Janeiro. Esta festa foi filmada e eu tinha a fita, que emprestei a um amigo que não me devolveu. E Zé de Helena foi entrevistado por Carlos Rubem Campos Reis. Vou entrar em contato com esta pessoa pra ver se consigo ainda resgatar esta fita. Tenho um telegrama que ele me enviou do Rio de Janeiro e umas poucas fotos/cartões que ele me ofertou. Também sei de algumas estórias que partilhei com ele, pois era mto amiga dele e tinha um carinho e amor enorme por ele. Estou a seu dispor. Abçs....


Augusta Rocha - Zé de Helena era um homem de virtudes e um coração gigante e puro além de sua humildade, bondade, generosidade ímpares....Zé de Helena era muito mais que uma figura folclórica e engraçada de Oeiras...Eu o amava mto e sempre que ia a Oeiras desfrutava de uma visita e um bate papo prá lá de gostoso com ele.....


Augusta Rocha E parabéns pela empreitada...vai ser melhor do que vc imagina...tenho plena certeza....


23 de Março às 17:57


Espero que os exemplos da Socorro e da Augusta Rocha frutifiquem. Todos os que colaborarem para a confecção do livro terão, evidentemente, seus nomes citados nos agradecimentos que, espero, ocuparão muitas de suas páginas. Não deixem de colaborar, os que puderem, por Oeiras e pelo emblemático Brisa do Mar!