
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
Ele foi deputado estadual pela primeira vez em 1983. De lá para cá, não parou mais. Foram oito mandatos consecutivos. É essa parte da trajetória política do mais antigo parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí: deputado estadual Juraci Leite (DEM), que conseguiu em 3 de outubro do ano passado, uma cadeira de titular na Casa para mais um mandato de quatro anos. No Legislativo, o democrata já ocupou a Presidência (1995 - 2000), duas vezes a vice-presidência e ainda a participação em várias das comissões técnicas da Casa.
Mas ele não está sozinho entre os "veteranos do legislativo". Como ele, há ainda os deputados Kléber Eulálio (PMDB), Warton Santos (PMDB), Fernando Monteiro (PTB), Wilson Brandão (PSB) e Themístocles Filho (PMDB). Os seis são os que possuem o maior número de mandatos nessa legislatura. Cada um deles ocupou uma cadeira no legislativo por pelo menos 20 anos. Juraci Leite, por exemplo, ocupa uma cadeira desde 1983, há exatos 27 anos.
Juraci Leite é formado em Odontologia e tem 78 anos, 27 deles como deputado. Em sua vida política, segundo ele, participou de três partidos políticos: PDS, PFL e DEM. Os dois primeiros foram extintos. Mesmo fazendo parte de um partido de oposição, o democrata é um dos "menos radicais" quando o assunto é críticas ao Governo. Oposicionista quando da reeleição de Mão Santa ao Governo do Estado, o parlamentar conseguiu ser eleito presidente da Assembleia Legislativa.
Na Assembleia, Leite foi líder do Governo, primeiro secretário da Casa, primeiro vice-presidente por duas legislaturas, presidente da Assembleia Legislativa também por duas legislaturas, quando assumiu o Governo do Estado por ocasião da renúncia dos governantes para disputar a reeleição. Não descarta entrar novamente pela disputa de uma cadeira na Casa daqui a quatro anos.
Assim como o democrata, o deputado estadual Kléber Eulálio (PMDB) assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa pela primeira vez em 1983, na condição de suplente. O peemedebista ficou como primeiro suplente até 1985. Em 1986 disputou novamente as eleições e conseguiu uma vaga de titular. De lá para cá, não parou mais. De quatro em quatro anos, se elegia, renovando os mandatos. Em 1989 foi eleito presidente da Assembleia Estadual Constituinte do Piauí. A sua trajetória no Legislativo estadual incluiu ainda a ocupação de cargos na Mesa Diretora. Foi quartosecretário (1987 a 1989) e primeiro Secretário (1995 a 1997). Como representante do partido na Assembleia, Eulálio ocupou o mais alto posto: líder da bancada do PMDB na Alepi, em 1997.
Correligionário partidário de Eulálio, o deputado estadual Themístocles Sampaio Filho (PMDB) iniciou sua vida política ainda em 1982, quando candidatou-se e foi eleito vereador de Teresina. Quis alçar voos mais altos. Em 1986 foi eleito deputado estadual, mandato que conseguiu renovar até as últimas eleições, em outubro de 2010. Na Casa, ocupa, pela quarta vez consecutiva, o posto mais alto do Legislativo piauiense: a Presidência da Assembleia Legislativa.
Também veterano no legislativo estadual piauiense, o peemedebista Warton Santos (PMDB) já está na Casa há 24 anos. Foi eleito agora para o sétimo mandato consecutivo. Na Assembleia, Santos foi vice-presidente e presidente interino e já presidiu quase todas as Comissões Técnicas da Casa.
Pelo mesmo período, o deputado estadual Fernando Monteiro (PTB) ocupa uma cadeira no parlamento estadual. A vida política do petebista foi iniciada ainda em 1983, quando Monteiro se candidatou e venceu as eleições para vereador de Teresina. Assim como Themístocles Filho, ele quis alçar voos mais altos. Em 1986 elegeu-se deputado estadual e vem conseguindo se reeleger desde então. Na Casa foi 4º Secretário da Mesa Diretora, e líder do PFL (partido que ele se desfiliou para então ingressar no PTB).
Também eleito nas eleições de 2010, o deputado estadual (e atual secretário estadual de Governo), Wilson Brandão (PSB) conseguiu uma cadeira na Assembleia Legislativa ainda em 1991. Foi eleito pelo PFL com 12.695 votos. Já são 20 anos. Durante o período, o socialista foi primeiro vice-presidente, segundo secretário, quarto secretário, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Presidente da Comissão de Administração Pública e Política Social e membro da Comissão de Fiscalização, Controle e Tributação.
Vários anos de mandatos não mudam o entusiasmo, afirmam os deputados
"Os anos de experiência não mudam o entusiasmo". A declaração é do deputado Kléber Eulálio. A opinião do peemedebista é compartilhada pelos demais "veteranos do Legislativo" piauiense. Segundo eles, a cada mandato que se iniciar o entusiasmo é o mesmo o que muda é a experiência e a maneira de ver as coisas.
Kléber Eulálio explicou que, quando se é eleito para um primeiro mandato, um deputado "acha que pode fazer tudo". "Mas com o tempo vamos aprendendo que tudo tem suas limitações", ponderou, acrescentando que iniciou o seu oitavo mandato com "o mesmo entusiasmo e a vontade de servir ao meu Estado, resolvendo os problemas dos vários municípios que represento". O peemedebista vê com bons olhos a manutenção de mandatos longos. "É importante ter a mescla de parlamentares experientes e jovens. É muito mais fácil se eleger a primeira vez do que a oitava, porque na reeleição você é julgado pelo que você fez, enquanto na primeira, pelo que você diz que vai fazer", justificou, acrescentando que foi eleito pela oitava vez consecutiva porque "é reconhecido pelo povo pelo trabalho que realizou".
A opinião é compartilhada pelo petebista Fernando Monteiro. Segundo ele, mesmo exercendo tantos mandatos consecutivos, sua "vontade de trabalhar pelo Estado" permanece a mesma de quando iniciou a vida política. "O que não pode é você ser reeleito e ficar acomodado. Tem que estar sempre motivado. Entrei para essa legislatura me sentindo como se estivesse no primeiro mandato", garantiu, acrescentando que o trabalho prestado no Estado foi o alicerce para a sua reeleição.