
Wellington dias comparou o piauí a uma rural velha. e atolad
A petistinha
O ano de 2008, que acabou de acabar, pra mim vai deixar é saudades. No final de novembro, a cegonha deixou lá em casa a Maria Eduarda, uma filhota que eu há muito queria e esperava. A minha outra filha, a Gabriella, já tá uma moçona, bonita que nem o pai. E eu já tinha era me esquecido o que é cuidar de menino novo. Mas, neste mês e pouquinho de vida dela, eu já detectei que a minha fofinha tem tudo para ser uma grande petista: quando ela não tá pegada mamando, tá chorando ou tá cagada!
A Favorita
De tanto eu me interter lambendo a minha cria, nem a minha novela favorita, A Favorita, eu tô vendo mais. Televisão eu só escuto de loooonge. Anteontem, eu tive a impressão de ter ouvido um negócio de guerra na Faixa de Gaza. Mas a única faixa que eu tô entendendo mesmo é a faixa de gaze, que eu enrolo no dedo pra limpar a língua da menina de resto de leite, pra não dar mofo.
Pra não dizer que estou por fora, por fora mesmo de tudo, ainda conservo o hábito de ouvir a Rádio Antares AM, aquela do governo. Isenção e imparcialidade a toda prova tão ali!
A Rural raiatolá
Esta semana, eu estava ouvindo lá a primeira participação do ano do governador Wellington Dias, e fiquei encabulado com o que ele tava dizendo. Ele contou que quando percorria o Piauí, na sua primeira campanha ao governo, achava o Estado tão atrasado que costumava compará-lo com uma Rural velha, com o motor batido, o câmbio de marcha desmantelado e os pneus carecas. Ah, e ainda por cima atolada!
Ele fazia esta comparação lembrando saudosamente de uma Rural que o pai dele tinha. Pois bem. O certo é que prometia que, se eleito fosse, ao longo de seu governo iria ajeitar aos poucos a tal da Rural (Piauí), regulando o motor, fazendo funcionar a caixa de marcha, colocando pneus novos... E mais: que iria morgar pra frente e pra trás a tal Rural até ela desatolar. Era ele do lado de lá falando no rádio, e eu do lado de cá escutando feito um jumento olhando uma procissão: as orelhas em pé, o rabo entre as pernas, mas sem entender nada.
Até o eixo
Do que eu vi mesmo que o governador fez, foi em vez de botar o povo atrás dessa Rural, empurrando pra ver se ela desatolava, entupiu tanto ela de gente, criando secretarias desnecessárias (dá última vez que contei eram bem umas 40) que o eixo do diferencial topou no chão. Na hora de botar o motor pra funcionar e ajeitar as marchas da Rural, o que eu vi foi muita burocracia travando as forças produtivas. Ou não foi?
Um exemplo do que estou dizendo está acontecendo agorinha mesmo no setor de vendas de veículos automotores que movimenta muitos comércios nas Avenidas Miguel Rosa, Barão de Gurguéia, Joaquim Ribeiro, Frei Serafim e João XXIII. Para amenizar os efeitos da crise mundial no setor, o governo federal cortou o IPI dos carros e motos e as montadoras e concessionárias diminuíram a lucratividade. Mas o governo do Piauí, na contramão da história, acabou de aumentar as taxas do DETRAN em 10% e chamou de volta uma empresa de Brasília pra cobrar uma taxa indecente do pobre trabalhador que resolver financiar um veículo pra sair do sol e da chuva nas paradas de ônibus.
E é porque o nome do diretor do DETRAN é Jesus! Calcule se não fosse! Misericórdia!
O Mela-mão
Outra: nesta sexta-feira, o governo do estado vai abrir licitação para contratar agências de propaganda para 2009. Sabem de quanto é a babinha? Seis milhões de reais (R$ 6.000.000,00). Quando ouvi esta notícia me lembrei de uma coisa. Vou contar e já volto!
Eu já relatei aqui neste espaço a história do Manelzito, um rapaz pobre do município de São Miguel da Baixa Grande que foi tentar ganhar a vida no Rio de Janeiro. Trabalhador, não custou muito a ganhar dinheiro. Mas nunca conseguiu juntar um só vintém. Todo o dinheiro que ganhava, gastava de telefone ligando pros parentes daqui do Piauí pra contar que tava enchendo o bolso. Vou voltar pro assunto de que eu tava falando.
Pois não é que o governo tá se comportando impriauzim o Manelzito? Por que diabo é que não pega estes seis milhões de reais que vai gastar fazendo placas pra dizer que vai fazer umas obras que nunca aparecem e conclui logo pelo menos a linha do Metrô? Não existe propaganda melhor do que uma obra pra servir à população!
Esse governador Wellington Dias é um craque em muita coisa. Até em encantar serpente. Mas neste negócio de consertar Rural velha ele é muito é um mela-mão.
Faísca e Fumaça
Mas vou deixar o governador de mão, que até de férias ele tá. De novo!
Nesta semana, num tempim que eu tive pra olhar os jornais e as televisões, topei com uma briga barulhenta entre o Assis Carvalho, secretário de Saúde do Estado, e o Firmino, agora presidente da Fundação Municipal de Saúde.
O Firmino dizia que a culpa da superlotação do Pronto-Socorro de Teresina é dos doentes do interior do Piauí e dos estados vizinhos. E disse mais: que os doentes se deslocam para a capital porque os hospitais do interior não funcionam. Pronto! Foi mesmo que jogar sal na cacunda dum cururu. O Assis Carvalho se inchou de lá pra cá e disse que o que não funciona são os hospitais da Prefeitura de Teresina. E os dois continuaram num lenga-lenga que eu não dei mais nem fé.
Eu só sei é que este filme aí desta briga é repetido até na “Sessão da Tarde”. E eu já o assisti outras vezes. Em 1998, o Wellington Dias, então deputado estadual, botou foi discatitando no rumo do DETRAN, que na época, era dirigido pelo Themistocles pai. E tome denúncia de robalheira! E tome denúncia de desmandos e o diabo a catorze. E o resultado, a minha leitora e o meu leitor se lembram qual foi? Eu vou lembrar: os dois, denunciante e denunciado, ou seja, o Wellington e o Themistocles pai, foram eleitos para a Câmara Federal sem fazer nem força.
Será que estes dois meninos sabidos, o Firmino e o Assis Carvalho, não tão não é copiando moda, não, hein?