
Governo autoriza construção de passagem molhada no povoado Alagoinhas, em Oeiras
12/06/2025 - 15:50O projeto, com investimento de R$ 812.136,85, visa melhorar a mobilidade de moradores da região, especialmente durante o período de chuvas
Com agenda cheia de inaugurações e entrega de serviços na área da saúde até o dia 31 de março, o secretário estadual de Saúde, Assis Carvalho, deixa a pasta com o sentimento de dever cumprido. O afastamento decorre do seu retorno à cadeira de deputado estadual na Assembleia Legislativa.
Em entrevista, Assis Carvalho enumerou as principais ações frente à pasta, pontuando os investimentos feitos na parte de profissionais da saúde, estruturação básica nos municípios e a reforma do Hospital Getúlio Vargas (HGV), orçada em R$ 46 milhões.
Apostando em sua experiência após permanecer esses últimos anos na Secretaria de Saúde, o petista almeja voos mais altos: quer uma cadeira na Câmara Federal nas eleições deste ano. Para isso, ele conta com o aval do Partido dos Trabalhadores e a homologação na convenção da sigla que acontecerá em junho. Confira a entrevista:
Que ações podemos pontuar que foram fundamentais na área da Saúde no Piauí?
Na área da saúde poderíamos dividir em três partes: investimento em pessoal, através da contratação de profissionais através de concurso público e capacitação, com um olhar direcionado à humanização dos serviços; a outra é a atenção primária que nós incentivamos as parcerias com os municípios e o Ministério da Saúde, investindo também em pessoal. Tivemos um convênio com a Universidade de Toronto para que 43 profissionais que ficaram incumbidos de elaborar projetos para que sejam trabalhados os 10 melhores projetos na atenção primária; o terceiro eixo foi o da assistência que foi o fortalecimento da rede de assistência hospitalar. Nessa área tivemos um investimento muito forte em vários municípios, focamos essa área em uma rede de hierarquização com alta complexidade beneficiando, obviamente Teresina por conta de termos os profissionais mais capacitados e não esquecemos as macros regiões onde trabalhamos uma nova organização na parte da regionalização da saúde. Então, antes o Plano Diretor de regionalização que antes era seis macro região, na nossa gestão passou a trabalhar 11 macro regiões. Descentraliza o serviço e as pessoas podem receber atendimento nesses pólos.
Então, a área da assistência recebeu uma atenção especial nos investimentos?
Na área da assistência temos feito grandes investimentos em todas as referências, como a materno infantil. Na Maternidade Evangelina Rosa fomos para dentro de lá para dialogar com todos os parceiros e os resultados podem ser observados com a nossa premiação e reconhecimento de que fazemos um dos melhores trabalhos no país na área da assistência, mesmo trabalhando a maternidade em uma estrutura ultrapassada. Por isso, desenvolvemos o projeto da construção do Complexo Materno infantil (referência desde o hospital Escola até outras área para tratar da mãe, da criança e do adolescente) que já foi licitado, mas que, infelizmente, a empresa perdedora da licitação ingressou com um recurso, o que levou ao atraso do início das obras.
O senhor falou da regionalização da saúde, mas o Estado proporcionou investimento em uma estrutura básica nos municípios?
Vários projetos foram desenvolvidos como o direito de nascer em Minha Terra, em que a maternidade Evangelina Rosa entre nessa concepção da maior complexidade e a partir daí investimos em todos os territórios do desenvolvimento. Isso porque as mães dos Territórios do Desenvolvimento só vêm a Teresina se não conseguir resolver lá. Estamos desenvolvendo o projeto de estímulo ao parto normal. Temos obras prontas ou sendo concluídas, 53 obras nos municípios das quais 15 já concluímos, 33 já estamos bem avançados e cinco vamos começar. Mas as ações são mais que isso. Essas unidades dos municípios vão além do atendimento ao parto normal. Elas estão equipadas para ser uma base do Programa Saúde da Família (PSF) que fica a cargo do gestor municipal.
O governo estipulou uma meta de colocar uma ambulância em todos os municípios do Piauí. Essa meta foi alcançada?
Sim. Hoje todos os municípios do Piauí possuem ambulância. Antes, os pacientes eram deslocados de forma irregular, desumana. Então, humanizamos o atendimento e trabalhamos para que, muitos atendimentos que são encaminhados para os grandes centros poderiam ser feito nos próprios municípios. As condições para isso já oferecemos. Nós planejamos a saúde do Estado ampliando todos os focos na área da saúde.
Recentemente, o Governo do Estado entregou uma outra etapa da reforma do Hospital Getúlio Vargas. Quando poderemos ter todas as obras do HGV concluídas?
Todas as vezes em que concluímos uma etapa da saúde, a referência médica quer mais outra parte. O que está planejado hoje que é R$ 46 milhões em investimentos, chegamos a 100% desse planejamento até o final de 2010. Lá, tínhamos um pronto-socorro que atendia o Piauí inteiro, com 83 leitos. Ora. Era impossível 83 leitos atender tamanha demanda. Por conta disso, as pessoas que ficavam em macas porque tinha uma desorganização interna. Daí tivemos que concluir uma obra inacabada que era o hospital de Urgência de Teresina (HUT). Não tinha sentido ficar em uma urgência improvisada anos e anos...os resultados Teresina e o Piauí conhecem: o HUT preparado para atender a demanda. Ainda existem problemas? Sim. Sempre vai existir. Até então, fazíamos uma média de 700 cirurgias. Hoje o HUT faz uma média de 1.200 cirurgias simples, enquanto o HGV também faz 1.200 cirurgias. Então tivemos um salto de qualidade quando saímos de 700 para 2.400 cirurgias em todas as complexidades.
Mesmo assim ainda continua muita gente da fila de espera....
Continua. Mas imagine o que era antes dessa organização entre o HGV e o HUT. Os mesmos problemas existiam e as pessoas tinham que vender seus bens para o atendimento de qualidade na rede privada. Trabalhamos para que o HGV faça o atendimento de alta complexidade. Antes tinha apenas seis clínicas funcionando, agora temos 15. Esta última reforma também fizemos a urbanização das áreas do Hospital, ampliamos os leitos de HTI, onde inauguramos mais oito leitos. Estamos dobrando de 12 para 24 salas de cirurgias. Outra etapa deve ser entregue até o mês de maio e outra até setembro. Além disso, estamos começando a terceira etapa que envolve uma parceira com o Ministério da Saúde que é do ambulatório. Sempre o hospital vem crescendo e aumentando a demanda.
No próximo dia 31 de março, o senhor deixa a secretaria de Saúde para retomar a sua cadeira de deputado estadual na Assembleia. O senhor vai buscar uma candidatura à deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT)?
Isso. Estou deixando pelo menos 25 obras para serem inauguradas que não tive como colocar na minha agenda, enquanto secretário. Mas o novo secretário, Eucário Monteiro, dará continuidade às ações da Secretaria com muita competência. Ao retornar ao legislativo logo apresentarei seis projetos de lei relacionados à área da saúde. E vou apresentar no mês de junho na convenção do partido o meu nome para concorrer a uma vaga de deputado federal nas eleições deste ano. Acho que com a experiência que adquirir posso contribuir muito para o fortalecimento da saúde no Piauí. E a minha decisão de apresentar meu nome na convenção para deputado federal foi muito bem negociada com o meu partido