
Cinco anos do Portal do Sertão

* Por Ferrer Freitas
Segundo consta da obra HISTÓRIA DA IMPRENSA NO PIAUÍ, de Celso Pinheiro Filho, o primeiro jornal que circulou no Estado foi O PIAUIENSE, de 1832, editado em Oeiras, então capital da província. Seus redatores eram o professor de latim Amaro Gomes dos Santos e o Padre Antônio Pereira Pinto do Lago, vigário e homem forte no governo de Manoel de Souza Martins, o Visconde da Parnaíba. Era editado na Tipografia de Silveira & Cia. que veio a se tornar (1836) Tipografia Provincial e, mais tarde (1849) Tipografia Saquarema. Aí ocorre a transferência da capital e com ela um período de profundo torpor para a cidade.
Com o Estado Novo de Getúlio Vargas, foi prefeito de Oeiras, por cerca de oito anos, o coronel Orlando Barbosa de Carvalho, em cuja administração a cidade experimentou período de franco progresso, sobretudo pelo seu gosto apurado. É indiscutível a operosidade do prefeito nomeado pelo Interventor Leônidas Mello. Foram muitas as obras que mudaram o aspecto meio sombrio do centro histórico. Passou a municipalidade ainda a editar o jornal O FANAL, com total envolvimento do alunado dos dois estabelecimentos de ensino primário, a Escolas Agrupadas ARMANDO BURLAMAQUI e o Grupo Escolar COSTA ALVARENGA. Nos anos de 1960 e seguintes, houve tentativas com alguns jornais, sendo que o de maior período de circulação foi O COMETA, editado sob a responsabilidade dos intelectuais Expedito Rêgo, Possidônio Queiroz e Costa Machado.
Com o advento dessa coisa extraordinária chamada INTERNET, por vezes usada, lamentavelmente, para fins escusos, Oeiras criou alma nova com o surgimento de alguns portais que fazem enorme sucesso, não só pela emissão de noticiário do dia-a-dia da cidade, do Brasil e, por que não dizer, do mundo, mas por trazerem textos de escritores oeirenses. Dentre outros, merece ser citado o PORTAL DO SERTÃO, órgão da Fundação Nogueira Tapety, criado há cinco anos e mais restrito à postagem de textos literários de indiscutível importância para a cidade. Seu principal responsável é o ex-presidente do Instituto Histórico, Carlos Rubem Campos Reis, o popularíssimo dr. Bill, promotor de justiça nas horas vagas, como gosto de dizer, pela sua intensa atividade intelectual. O editor-chefe é o jornalista Joca Oeiras, um multimídia que escolheu a velha terra pra morada. Por uma coincidência o editor de O FANAL também era Joca, de sobrenome Ribeiro. Vida longa ao Site, com cumprimentos efusivos.
* Ferrer Freitas é do Instituto Histórico de Oeiras