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25/07/2025 - 11:12A atividade aconteceu nas instalações da obra de ampliação da Subestação Oeiras
Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que o número de pessoas vivendo em condições miseráveis no Piauí aumentou em 2013. Segundo o Ipea, em 2012 o Piauí tinha 272.184 pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza; em 2013, esse número aumentou para 290.638 pessoas, 18.454 miseráveis a mais que no ano anterior, apesar dos programas sociais de distribuição de renda.
É a primeira vez que o número de pessoas vivendo em extrema pobreza aumenta em sete anos, período em que o número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza caiu sobretudo pelo aumento da circulação de dinheiro entre as famílias de baixa renda, proporcionado pelo Bolsa Família. O Ipea apurou os resultados com base em pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Piauí está entre os estados que têm maior número de famílias cadastradas no programa Bolsa Família - são mais de 50% da população recebendo o benefício.
Atualmente, mais de 1,900 milhão de piauienses estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal, para uma população de pouco mais de 3,140 milhões de habitantes. É também um dos estados que onde mais aumentou o número de famílias vivendo na pobreza, segundo os dados do Ipea. A pesquisa abrange todos os estados do país e foi divulgada ontem. O tema chegou a ser abordado nos debates entre os candidatos a presidente, mas as informações não foram divulgadas antes para não atrapalhar a performance política da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
De acordo com o Ipea, havia queda no número de miseráveis no Piauí desde 2008, mas a partir de 2013, o número subiu. Nesse ano foram incluídos mais 18.454 piauienses como extremamente pobres, interrompendo o processo de redução da miséria. O Ipea informa que o número de indigentes no país aumento de 10,08 milhões em 2012, para 10,45 milhões em 2013 - um aumento de 3,7%. É a primeira vez que ocorre esse crescimento desde 2003, mesmo com a expansão dos programas sociais.
Além do Piauí, Alagoas, Maranhão e Paraíba também aumentaram o número de miseráveis em 2013 na região Nordeste. Segundo os dados, são considerados miseráveis, ou vivendo em extrema pobreza, quem tem renda de até R$ 77,00 por mês por pessoa, ou renda familiar de até R$ 324,00. São essas famílias o contingente contemplado pelo Bolsa Família. Em 2008, o Piauí tinha 557.210 pessoas na condição de miseráveis. Este número passou para 464.265 no ano seguinte, e foi caindo gradativamente - em 2011, eram 380.319 pessoas; e em 2012 chegou à metade de 2008, com 272,1 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.