Cristiane sekeff deixa o governo w.dias e pode voltar para a

Em entrevista coletiva realizada no final da tarde desta segunda-feira, dia 5 de janeiro, o governador Wellington Dias (PT), ao falar das prioridades para 2009, penúltimo ano do seu segundo mandato, anunciou as mudanças que terá de realizar na equipe de secretariado.



Dentre elas, a saída da jornalista Cristiane Sekeff da função de Coordenadora Estadual de Comunicação (CCOM) para entrada do professor Wellington Soares. A outra mudança no secretariado é a entrada de Rubens Nunes Martins, irmão do vice-governador Wilson Martins, no ligar de Élcio Martins, na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). E por último, Ionice Pimentel deixa a Central de Licitação (CL) e entra Alexandre Nogueira.



Presente durante o anúncio, Cristiane Sekeff disse que sai por uma questão pessoal e vai assumir apenas a função de professora. Ela não descartou a possibilidade de voltar a trabalhar em uma emissora de TV local, como apresentadora.



"Fico ainda no cargo por um pedido dele, até onde for compatível para mim e para o Governo. A minha é uma questão pessoal, como disse o governador. Eu fiquei muito feliz com essa declaração partindo dele. É uma demonstração da vontade dele de que eu permaneça na equipe. Wellington Dias é uma grande figura humana e é alguém com quem a gente aprende muito todos os dias", disse Sekeff, se despedindo do cargo.



QUEM ASSUME É O PROFESSOR WELLINGTON SOARES


O novo Coordenador de Comunicação é o professor Wellington Soares, ele é jornalista e literato e foi anunciado na tarde desta segunda feira pelo governador Wellington Dias em substituição à jornalista e empresária Cristiane Sekeff.



Ele disse que recebeu do governador a orientação de dar maior visibilidade às obras do governo, fazendo com que as realizações cheguem efetivamente ao conhecimento da opinião pública, dando destaque também às ações do governo federal no estado.



“O estado também precisa ser percebido nacionalmente”, enfatiza, acrescentando que participou da última edição da Bienal do Livro em São Paulo e ali não encontrou nenhum autor piauiense, com exceção de Mário Faustino. Lembrou ainda que a Batalha do Jenipapo, feito de importância nacional para a independência do Brasil, não é sequer referenciada nos livros de ensino médio.



“Vamos apresentar ao governador a idéia de, na época da batalha, trazermos grandes nomes da historiografia nacional para discorrer sobre o evento e sua importância para o país e para os brasileiros. O Piauí precisa ser percebido porque tem cacife para tanto.”



Soares é formado em Letras pela Ufpi (Universidade Federal do Piauí) e tem especialização em Literatura Brasileira pela PUC/MG (Pontifícia Universidade Católica). Atua no magistério desde 1983 como professor de Literatura no ensino médio e em cursos pré-vestibulares.



Soares é um dos organizadores do Salipi (Salão do Livro do Piauí), iniciou na atividade literária em 1992 e tem vários livros publicados, dentre os quais “Maçã Profanada” e “Linguagem dos Sentidos”. No atual governo, é coordenador dos Cursinhos Populares, através do Instituto Civitas.



É defensor da comunicação cidadã. “Todos os instrumentos de que dispomos devem ser utilizados na construção da cidadania”, enfatiza.



Soares será empossado nesta terça feira, e disse que logo depois que “tomar pé da situação” pretende fazer uma visita aos meios de comunicação para levar a nova mensagem do governo.



A literatura de Soares é voltada para o conto. São histórias curtas, flagrantes da vida real, que abordam temas diversos, como amor e renúncia, crime.



180 Graus
Edição: Lameck Valentim