
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
A proposta de divisão do Piauí e criação do estado do Gurguéia encontra resistência no PT. O partido é oficialmente contra os projetos que atualmente tramitam na Câmara e no Senado e propõe a criação de um comitê suprapartidário, com participação das universidades, para tratar do assunto.
Carentes de infraestrutura básica, como estradas e fornecimento de energia de qualidade, os municípios da região Sul do Piauí reclamam do abandono do governo. Diante dessa realidade, alguns políticos e estudiosos propõem a criação de um novo Estado, que teria verbas e arrecadação próprias e estrutura política independente. A redenção para a região viria daí.
O deputado estadual João de Deus (PT) pensa diferente. Na avaliação dele, a criação do Gurguéia “é uma falsa solução para o Sul do Piauí”. A região precisa de investimentos e, não, de uma nova estrutura política e administrativa, que acarretaria custos, comprometendo a maior parte da receita.
“A região precisa é de investimentos e não são necessários de dois Estados, não precisamos dividir o Piauí, para que isso aconteça. Temos é que melhorar a infraestrutura da região, atrair investidores e garantir projetos junto ao Governo Federal. Com o retorno de tudo isso, investiríamos mais, desenvolvendo a região”, defende o petista.
Por trás do debate a favor da criação de um novo Estado, estão políticos interessados em novos nichos de poder. João de Deus diz não ter dúvidas de que esse é um dos principais combustíveis que movem os projetos de divisão do Piauí. “Quem defende a criação do Estado do Gurgueia são os mesmos que defendem o Estado mínimo”, afirma. Na teoria, o Estado de intervenção “mínimo” passa a não ter mais obrigação de promover o bem-estar social e o desenvolvimento produtivo, cuidando apenas de serviços mínimos necessários, como policiamento, forças armadas, poderes executivo, legislativo e judiciário.