
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
Liderados pelo senador Paulo Paim (PT-RS), um grupo de senadores esteve novamente em vigília no Plenário na noite desta quarta-feira (26), em prol dos aposentados. O movimento estendeu-se até a 1h25 da madrugada desta quinta-feira. Desta vez, eles quiseram garantir que o projeto que recompõe o valor das aposentadorias (PLS 58/03), de autoria de Paim, fosse diretamente para a Câmara, sem ser analisado pelo Plenário.
A proposta foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no dia 12, em decisão terminativa, e os senadores tinham até a meia-noite desta quarta-feira para apresentar recurso se quisessem que também o Plenário votasse a matéria. Como isso não ocorreu, a matéria será analisada agora pela Câmara.
A intenção do PLS 58/03 é recuperar o valor do poder aquisitivo desses benefícios, de forma a garantir o mesmo número de salários mínimos que eram recebidos na data da concessão da aposentadoria ou da pensão. O movimento dos senadores tem o objetivo, ainda, de conseguir a aprovação de outros dois projetos que se encontram em tramitação na Câmara: o PLS 296/03, autoria de Paim, que prevê o fim do fator previdenciário Entenda o assunto, e uma emenda também de Paim ao PLC 42/07, estendendo às aposentadorias e pensões o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo.
Na tarde desta quarta-feira, Paim participou de mais uma rodada de negociação com representantes do governo e o relator-geral do Orçamento 2009, senador Delcídio Amaral, visando buscar recursos que possibilitem a aprovação dos três projetos de interesse dos aposentados. Como não houve acordo, um grupo de senadores decidiu estender a sessão plenária deliberativa até a meia-noite.
- O governo não tem nenhuma proposta. Estão formulando uma proposta que vão encaminhar esta semana - disse Paim, antes do início da vigília.
Paim anunciou que próximas vigílias em defesa da aprovação dos projetos serão realizadas no dia 2 de dezembro, até as 6h do dia seguinte, no Plenário do Senado, com a presença deputados, e no dia 16 de dezembro, na Câmara, com a presença de senadores, também até as 6h do dia seguinte.
Além de Paim, participaram da manifestação desta quarta-feira os senadores Mário Couto (PSDB-PA), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Cristovam Buarque (PDT-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Sérgio Zambiasi (PTB-RS), José Nery (PSOL-PA), Flávio Arns (PT-PR), Pedro Simon (PMDB-RS), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PMDB-PI) e Wellington Salgado (PMDB-MG). A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) e integrantes de entidades representativas dos aposentados de todo o país estiveram presentes à sessão.
Na semana passada, cerca de 15 senadores se revezaram na tribuna desde a noite de terça-feira (18), até as 6h de quarta-feira (19).
Heráclito questiona por que não há recursos para aposentados, mas há para socorrer bancos e empreiteiras
Ao participar na madrugada desta quinta-feira (27) da vigília em apoio à aprovação dos projetos que beneficiam os aposentados e pensionistas da Previdência Social, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) questionou por que o governo não tem recursos para conceder reajustes maiores aos aposentados, mas tem para socorrer determinados setores da economia como bancos, empreiteiras e montadoras de automóveis.
O senador se referia às medidas tomadas pelo governo federal para os reflexos da crise financeira internacional Entenda o assunto, como autorização para que Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal comprem participação em outras instituições financeiras e em construtoras.
Ao defender a aprovação dos projetos favoráveis aos aposentados, Heráclito também lembrou que os aposentados e pensionistas ajudam a movimentar a economia ao gastar os benefícios que recebem da Previdência Social.
Em aparte, o senador José Nery (PSOL-PA) pediu aos senadores que participavam da vigília que se empenhem em convencer os demais senadores a votarem contra as medidas provisórias que, em sua avaliação, "coloca recursos públicos no bolso dos banqueiros e das empreiteiras".
Para Mão Santa, governo dá calote nos aposentados
Ao final da vigília realizada em prol da aprovação de projetos que beneficiam os aposentados, o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que o governo federal está "dando calote" nos aposentados ao não conceder reajustes maiores aos benefícios pagos pela Previdência Social.
Para o senador, o "calote" ocorre porque os aposentados contribuíram ao longo da vida para receber determinado valor, mas com os pequenos reajustes dados aos seus benefícios ao longo dos anos, o seu poder aquisitivo foi sendo reduzido.
Mão Santa chegou a relatar caso ocorrido com ele próprio. Contou que contratou um título de previdência privada pelo qual depois de 25 anos deveria receber cinco salários mínimos, mas hoje recebe em torno de meio salário.
- Se o governo dá calote, como as privadas não vão dar? Entre os projetos apoiados pelos senadores, está o PLS 58/03, que recupera o valor dos benefícios dos aposentados. Eles também pedem a aprovação do projeto que extingue o fator previdenciário (PLS 296/03) e a emenda do Senado ao PLC 42/07 que estende às aposentadorias a política de reajuste do salário mínimo.
Fonte: Agência Senado