
Quando a máquina apita: IA e os novos rumos da arbitragem esportiva
17/06/2025 - 13:21Por Aline Gonçalves Jatahy
*Por Júnior Vianna
As pálidas lembranças, aos poucos vão ganhando vida quando são desengavetados da memória os fatos, os heróis e os anônimos que com suas ações aquarelam de cores vivas as mais distintas manifestações humanas, que de tanto repetirem por anos a fios foram se transformando em tradições. A peleja pela sobrevivência nos sertões profundos de mata branca fizeram-lhes resistentes as agruras, onde em cada conta do rosário, uma gota de suor, que piedosamente vertia-se na terra árida. A fé do colonizador foi elemento substancial na sua permanência e na edificação de seus cabedais.
Oeiras é resquício desse peleja, e a cada canta seu um causo, um segredo e muitos sentimentos, alguns revelados e tantos outros encastelados em corações petrificados. A magia dessa cidade reside na possibilidade de tudo se transformar em história, onde os feitos alegoricamente são transmutados em prosa e ganham as mais diversas interpretações e sem a devida comprovação fica o dito pelo o não dito.
Mediante as muitas narrativas, a construção da história desse povo torna-se um trabalho braçal, é preciso desafiar o tempo porque ele é teimoso e em determinadas circunstância é silencioso, sendo necessário arrancar dele informações muitas vezes aveludas pela poeira do esquecimento. Por essas e outras, na inconteste arte de escrever sobre o passado, cabe à teimosia de alguns na árdua labuta em bulinar nas feridas e nos segredos daqueles que se se norteava pelos lampiões das vaidades.
Assim, entre as incertezas humanas e busca pela origem de um povo, resiste a arte de escrever e atormentar os velhos fantasmas que dormem nas páginas amarelas dos livros ou nas lápides frias da omissão.
* Júnior Vianna é historiador