
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
O avião da Força Área Brasileira, que trazia o caixão do deputado federal Alberto Silva, chegou ontem em Teresina por volta das 18 horas e 26 minutos. O cortejo, que iria percorrer algumas ruas de Teresina, foi cancelado, mas mesmo assim o congestionamento do trânsito nas proximidades do aeroporto Petrônio Portela foi inevitável. Mais de 40 homens do BPtran, Ciptran e Strans participaram do esquema de segurança e organização do trânsito para a saída do corpo do deputado, que ocorreu por volta das 19 horas e 50 minutos. Uma multidão ocupou parte da avenida Centenário e a rua Guaporé para ver a saída do carro do corpo de Bombeiros que levava o caixão do deputado seguindo para a Assem-bleia Legislativa.
O caixão foi levado para a Assembleia Legislativa onde deve permanecer até as 8 horas e seguirá de avião para Paranaíba onde o deputado deve ser sepultado no final da tarde de hoje. Durante a recepção do corpo no aeroporto os familiares estavam bastante abalados, mas a cena que chamou atenção foi o deso-lamento dos netos e do deputado. Alberto Silva tinha 7 filhos, 15 netos e dois bisnetos. A esposa do deputado, Dona Floriza, também veio no mesmo avião, os dois tinham mais de 60 anos de casado.
O filho do deputado, ex-vice prefeito de Teresina, Marcos Silva também estava bastante emocionado. Segundo ele nos últimos 30 dias o deputado estava bastante debilitado. Chegaram no mesmo avião o senador Heráclito Fortes (DEM) e o prefeito Silvio Mendes.
A movimentação de familiares, políticos, profissionais liberais no aeroporto Petrônio Portela começou às 15 horas de ontem. Todos buscam noticias sobre a chegada do avião que traria o corpo do deputado.
O cortejo, que passaria na avenida Gil Martins, em frente ao Albertão, Raul Lopes, a do Parque Potycabana e da avenida Higino Cunha, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, todas obras realizadas durante o Governo de Alberto Silva, foi cancelado por conta do horário e também para evitar maior congestionamento.
Também estiveram no aeroporto para prestar uma última homenagem a Alberto Silva, os deputados federais Os-mar Júnior (PCdoB), Júlio Cé-sar (DEM), o ex-deputado federal João Henrique Souza, os deputados estaduais Warton Santo, Mauro Tapety e Kléber Eulálio.
PMDB perde uma liderança que durou 30 anos
De acordo com o deputado estadual Kléber Eulálio o PMDB vai demorar algum tempo para se restabelecer enquanto partido político. “Ele foi presidente do PMDB por 30 anos, era nosso líder, era ouvido, nos conduziu e deu o rumo do partido durante todo este tempo, temos que continuar sem ele, mas não será fácil”, afirmou o deputado.
O partido deverá se reunir dentro de algumas semanas, segundo o primeiro vice-presidente deputado Warton Santos. O deputado disse que o PMDB tem agora a missão de não deixar morrer o legado político de Alberto Silva, que foi eleito deputado em 2006 com mais de 42 mil votos. Warton disse que alguns dos planos do partido deverão ser mantidos, como o de lançar o nome de Marcos Silva como candidato a deputado estadual. “Mesmo distante do partido por causa do seu estado de saúde, Alberto nunca deixou de participar das decisões e parte da estratégia do partido para 2010 já havia sido traçada com a sua liderança, agora devemos continuar sem ele”, acrescentou o deputado.
Kleber Eulálio e João Henrique lembraram que o em 1982, 1986 e 1990 Alberto Silva teve participação decisiva nas eleições e nos rumos que o PMDB tomou. “Eu, o João Henrique, o Themístocles, War-ton Santos, Mauro Tapety e tantos outros do PMDB começamos na política com ele, pelas mãos dele, temos um aprendizado que devemos a ele e temos que manter isso no PMDB”, finalizou Kleber. (K.D)
Políticos lamentam a morte
de Alberto e elogiam sua trajetória Os políticos piauienses prestaram depoimentos de pesar pelo falecimento do deputado federal Alberto Silva. O Governo do Estado, a Prefeitura de Teresina e a Prefeitura de Parnaíba decretaram luto de três dias pelo falecimento do parlamentar. O corpo de Alberto Silva foi velado em Brasília, Teresina e Parnaíba.
“Maior legado de Alberto Silva foi a mudança na mentalidade do piauiense”, disse o deputado federal Marcelo Castro, pré-candidato a governador e presidente provisório do PMDB no Piauí.
Segundo ele, “o Piauí era um estado acanhadíssimo, atrasadíssimo, com uma cultura derrotista. Nós mesmos nos desvalorizávamos. Ele chegou aqui enaltecendo suas riquezas, suas belezas. Foi Alberto que fez o Monumento do Jenipapo e chamou a atenção do Brasil para que nós fôssemos enxergados. Seu maior legado foi a mudança da mentalidade do piauiense, acreditar que ele era capaz quanto qualquer outro ser humano.
Isso nos fez acreditar que nós éramos capazes”, assinalou.
Marcelo Castro disse que Alberto Silva era “um homem de ideias e realizações. Sempre projetando o Piauí em todos os momentos. Convivi muito com ele e foi o maior homem do Piauí no século passado, em todos os aspectos. Fez asfalto, integrou o Estado, promoveu o desenvolvimento em todos os setores. Determinou que nenhuma criança pudesse ficar fora da escola. Wall Ferraz teve que alugar casas particulares para abrir escolas. Fez o Albertão, o prédio da Cepisa, HDIC, a Maternidade, Park Potycabana, fez uma revolução na saúde. Foi nosso pioneiro, nosso grande líder, nosso orientador”, comentou.
Alberto Silva completaria no dia 10 de novembro 91 anos de idade, morreu no hospital de Brasília às 2 horas da madrugada, após infecção uri-nária, pulmonar, e câncer de próstata.
O deputado Marcelo Castro frisou que Alberto foi pioneiro. Ele fez as grandes obras do Estado. O ex-deputado Tomaz Teixeira correligionário de Alberto Silva há mais de 30 anos manteve contato com Alberto Silva. Tomaz falou sobre a política local e pediu que Alberto voltasse logo ao Piauí.
“Colocaram uma sonda para alimentação. Ele estava com câncer, depois deu metástase e acabou atingindo os ossos”, comentou Tomaz Teixeira.
O Governo do Estado, a Prefeitura de Teresina e a Prefeitura de Parnaíba decretaram luto por três dias pelo falecimento do deputado. O governador Wellington Dias, os prefeitos Sílvio Mendes e José Hamilton acompanharam o velório de Alberto Silva em Brasília.O senador Mão Santa disse que pediu votos Alberto Silva, quando ele foi candidato a prefeito de Parnaíba. “Ele queria levar o metrô para a zona Sul, e, infelizmente, não viu esta obra concluída”, lamentou.
Congresso suspende sessões para homenagear deputado piauiense
As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram suspensas para que parlamentares e servidores participassem do velório do deputado federal Alberto Silva (PMDB/PI). Ele morreu na madrugada de ontem, aos 90 anos. O governo do Piauí decretou luto de três dias pelo falecimento do político que foi prefeito de Parnaíba por duas vezes, governador do Piauí, por duas vezes; senador por duas vezes e deputado federal por duas vezes. O velório no Congresso Nacional aconteceu a pedido do primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM). Com as bandeiras a meio mastro, no Salão Negro do Senado.
O deputado federal Al-berto Silva estava internado há vários dias e se alimenta através de sonda, estava andando com dificuldade, estava com pneumonia. A família do parlamentar tinha sido chamada para a-companhar o tratamento do deputado. Alberto Silva tinha problemas de vesícula, próstata, pneumonia, gástricos, dentre outros.
Alberto Silva foi prefeito de Parnaíba, 1948-1950; foi novamente eleito prefeito de Parnaíba de 1954-1958. Foi governador do Piauí de 1971-1975. Foi senador de 1978-1986. Novamente foi governador do Piauí de 1987-1991. Al-berto Silva foi deputado federal de 1995-1999. Senador de 1999-2007 e está no exercício do cargo de deputado federal, com mandato de 2007 a 2011. (LC)
Piauí perdeu quatro deputados federais em sete anos
Nas duas legislaturas houve a morte de quatro deputados federais. Na legislatura passada, morreram, no exercício do mandato, os deputados Francisca Trindade e Afonso Gil Castelo Branco. Nesta Legislatura faleceram os deputados Mussa de Jesus Demes e Alberto Tavares Silva.
Neste mandato, houve renovação de um terço da bancada federal. O deputado Elizeu Aguiar (PTB) assumiu a vaga deixada por B. Sá, que foi eleito prefeito de Oeiras. Os dois são suplentes do deputado federal Antônio José Medeiros, que se licenciou do mandato para assumir a secretaria estadual de Educação.
Como acabaram com a pensão para a família dos parlamentares falecidos no exercício do mandato, cada deputado passou a contribuir com uma verba de R$ 800 para criar um fundo para indenização da família do deputado falecido no mandato. A indenização é no valor de R$ 410.400,00, pela contribuição dos 513 deputados.
Quem assume a Câmara Federal ainda esta semana é o suplente de deputado federal Themís-tocles Sampaio Pereira, de 88 anos. Ele é o pai do presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho. Assim, o primeiro suplente passa a ser o advogado Celso Barros Coelho, de 86 anos.
O deputado federal Nazareno Fonteles assumiu o mandato com a morte da deputada Francisca Trindade, depois ele se reelegeu. O ex-deputado federal Simplício Mário assumiu a cadeira na Câmara Federal com o falecimento do promotor Afonso Gil. Recentemente, o deputado federal José de Andrade Maia Filho, o Mainha, assumiu o mandato em substituição a Mussa Demes. (LC)
Diário do Povo