Religião
Procissão do Fogaréu espalha luz e devoção pelas ruas de Oeiras
O sermão do Fogaréu foi proferido com fervor pelo Pe. Paulo Henrique de Almeida Silva.
Por: Da Redação em 28/03/2024 - 22:44
Sob o manto escuro da noite, as ruas estreitas do Centro Histórico de Oeiras se encheram de uma luz especial, uma luz que não vinha dos postes ou das lâmpadas urbanas, mas sim das tochas e lamparinas empunhadas pelos homens que formavam a majestosa Procissão do Fogaréu.
 Nessa noite sagrada, o fervor religioso se mesclou com a tradição ancestral, transportando os fiéis a uma época remota, aos últimos dias da vida de Jesus Cristo. Em um cortejo silencioso, os penitentes marcharam pelas ruas, relembrando a perseguição sofrida por Cristo às mãos dos soldados romanos. E enquanto caminhavam, as luzes da cidade se apagaram, cedendo espaço para o brilho das tochas, como uma reverência à história que se desenrola diante dos olhos dos presentes.
 O som secular da "matraca" ecoa pelas vielas, anunciando a chegada dos fiéis, pois nesta noite os sinos permanecem em silêncio, em respeito ao ato litúrgico que se desenrola. Os hinos de louvor ressoam no ar, preenchendo as ruas com uma atmosfera de devoção e reverência. E no adro da Catedral de Nossa Senhora da Vitória, o sermão do Fogaréu ecoa, proferido com fervor pelo Pe. Paulo Henrique de Almeida Silva, como um guia espiritual conduzindo os corações dos fiéis em sua caminhada de fé.
 A Procissão do Fogaréu em Oeiras não foi apenas um evento religioso midiático, mas uma experiência transcendental, onde a luz e a sombra se entrelaçam, onde o passado e o presente se encontram, e onde a fé e a tradição se fundem em uma dança espiritual que ecoa pelos séculos.
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