
Homem é preso por perturbação do sossego ao usar som muito alto e desacato em Oeiras
16/02/2025 - 09:55Policiais militares apreendem equipamento de som e conduzem proprietário de veÃculo após desrespeitar ordem e desacatar autoridades.
O Ministério Público Estadual (MPE) pediu apuração para enterros clandestinos que estejam acontecendo na região de Cocal da Estação. O promotor MaurÃcio Gomes de Souza informou que os familiares, em comunidades isoladas, enterram os corpos que foram encontrados.
Ele pediu investigação para apurar a quantidade de mortes, que, segundo ele, é bem superior aos sete corpos encontrados. O delegado especial Eduardo Ferreira informou que se houver enterro clandestino, os corpos serão exumados, identificados e periciados, e os familiares serão responsabilizados por isso.
"Nós tivemos informações de pessoas enterradas sem as formalidades, porque as comunidades estão isoladas e não têm como fazer isso. Não têm laudo pericial, não têm laudo médico e nem exame cadavérico. Estamos pedindo ao delegado que apure isso", comentou o promotor Mauricio Gomes.
Ele disse que o MPE desconfia que o número de pessoas informadas como mortas é bem superior ao divulgado. "Temos informações de pessoas que relatam a perda de entes queridos e outros que souberam por informações que foram encontrados, mas não falaram, não viram e não têm contato, é só por ouvir dizer. As estradas estão cortadas e não têm acesso para manter este contato pessoal.
Desconfiamos que existem muito mais mortes do que estão falando", completou o promotor.
O delegado Eduardo Ferreira disse que tem sérios problemas para conduzir a investigação, porque não tem computadores na cidade, os telefones que está portando não funcionam, porque a operadora não tem cobertura na região, falta energia e não tem local para conduzir as investigações. "Estou numa saleta no hospital, porque aqui não tem energia e sem condições. Estamos há dias com a mesma roupa e sem condições de se deslocar, o transporte se dá apenas por helicóptero", frisou.
Ele confirmou que as comunidades estão isoladas e o acesso é feito por helicóptero. "Todo e qualquer corpo encontrado, a orientação e o procedimento é não mexer e chamar a polÃcia judiciária e o perito para atestar o óbito e depois do corpo liberado a famÃlia faz a opção de enterro, depois de todo o procedimento e a identificação", assinalou o delegado.
Eduardo Ferreira explicou que em casos de morte violenta, não se pode enterrar o corpo, sem pericia e sem identificação, feitas as formalidades legais. "até agora foram identificados sete corpos, sendo três deles levados ao hospital para identificação por familiares que depois os enterraram na cidade mesmo.
Os corpos localizados em outras localidades são recolhidos de helicóptero para fazer estas formalidades. Ninguém mexe no corpo até a perÃcia chegar", advertiu.
"Se tiver algum enterro clandestino, devido ao isolamento e as proporções desta tragédia, teremos que fazer exumação, identificação e perÃcia. Os responsáveis pelo enterro ainda podem ser indiciados, mesmo que sejam os familiares. Estamos trabalhando com afinco e dedicação para os esclarecimentos. Fizemos a abertura do inquérito, queremos trabalhar com independência e já iniciamos as perÃcias, os laudos periciais, cadavéricos e técnicos. Queremos fazer tudo com paciência e isenção.
Não podemos errar nisso. Se errarmos, não foi intencional", adiantou o delegado Eduardo Ferreira, que é o delegado regional de ParnaÃba.
As declarações do promotor vão de encontro aos dados divulgados oficialmente pelo Governo do Estado de que já confirmou 7 mortes por conta do rompimento da barragem.
No municÃpio de Cocal da Estação 11 comunidades foram devastadas pela tragédia. Em apenas uma das comunidades mais de 150 residências foram derrubadas pela força da água. Os números sobre os enterros das vÃtimas da tragédia estão sendo informados oficialmente pela Defesa Civil do Estado e pela Secretaria de Segurança que repassa os dados à Coordenadoria de Comunicação do Estado, responsável pela divulgação para a imprensa.
Os números sobre os enterros clandestinos ainda são desconhecidos.
Diário do Povo