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06/05/2025 - 20:30Evento será realizado no plenário da Câmara Municipal e é aberto à participação da comunidade
A presidente eleita da Associação dos Do
centes da UESPI (Universidade Estadual do Piauí), professora Maria da Graça Ciríaco, afirmou que a Universidade Estadual pode ser rebaixada a Centro de Ensino. Segundo Graça Ciríaco a medida deve ser tomada porque a Uespi não desempenha o papel de ensino superior dentro da avaliação do MEC (Ministério da Educação).
Dentro das exigências, existe um número mínimo de mestres e doutores, que é dois terços do total do quadro docente; estrutura de laboratório, biblioteca, pesquisa e extensão, produção científica, dentre outros. Na última avaliação do IGC (índice Geral de Cursos) a UESPI teve nota 2, considerada abaixo da média.
O ministério exige uma estrutura padrão para o funcionamento como condições de desenvolver ensino, pesquisa e extensão, produção científica, laboratórios e biblioteca. “Se o resultado não mudar na próxima avaliação a Uespi pode ser rebaixada”, afirmou a professora universitária. “Se não mudar, não tem como UESPI desempenhar seu papel. Na avaliação do MEC, há um prazo para se estruturar. Para isso, tem que ter boa estrutura que é inicialmente avaliada pelo Conselho Estadual de Educação”, explicou Graça Ciríaco.
Segundo Graça Ciríaco, a maioria dos professores da UESPI tem apenas graduação, porque não tem uma política de qualificação de professores. “Os professores que se graduaram foi por conta própria. Mais de 60% dos professores da UESPI são temporários ou substitutos. O sindicato pressionou pela realização de concurso, mas não foi em vagas suficiente para atender a demanda. No último concurso foram aprovados 104 candidatos para 124 vagas”, comentou.
A professora informou que são feitos arranjos para manter o funcionamento da UESPI. “Não funciona como deveria. Os cursos em outros pólos funcionam basicamente com professores substitutos e apenas graduados, no máximo com especialização. Nós defendemos a realização de mais concursos para professores efetivos e abrir vagas para professores com Dedicação Exclusiva, de modo a estimular os professores a morar nos locais para onde passaram, no interior”, defendeu o professor Daniel Solon, que está passando o cargo de presidente da Associação dos Docentes da UESPI para Graça Ciríaco.
Segundo os dados da associação, a UESPI tem um orçamento de R$ 68 milhões, dos quais R$ 12 milhões são de arrecadação própria feita com recolhimento de taxas e mensalidades. A instituição tem 15 mil alunos matriculados no período regular. A UESPI tem no quadro 1,5 mil professores, sendo 600 destes efetivos, o restante é substituto, atuando em cinco campi: dois em Teresina, Picos, Corrente, Parnaíba, Floriano e pólos avançados em União, Oeiras, Amarante, e outros.
O financiamento da UESPI é o principal problema. A Universidade sobrevive do orçamento anual insuficiente para a demanda da instituição. A questão é que não é repassado o percentual devido para o ensino superior e este valor foi reduzido em mais de 50% e o número de alunos cresceu exponencialmente.
UESPI EM NÚMEROS
Valor do orçamento anual
R$ 68 milhões
Arrecadação própria
R$ 12 milhões
Número de alunos
15 mil
Número de professores
1,5 mil
Professores Efetivos
600
Professores Substitutos
900
Diário do Povo