Bancários de Oeiras aderem à greve da categoria

A greve dos bancários, iniciada nesta quarta-feira (29), pegou a população de Oeiras de surpresa. Quem precisou fazer algum tipo de serviço nos bancos teve que voltar pra casa. Nas agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal o atendimento foi apenas nos caixas eletrônicos. Já o Banco do Nordeste funcionou normalmente.


Os bancários optaram pela greve por tempo indeterminado na última terça feira, durante uma assembleia que contou com a participação de mais de 300 bancários sindicalizados. O motivo da greve é a rejeição da proposta 4,29% de reajuste oferecido pela Federação dos Bancos. Os grevistas querem 11%.



A entidade alega que negociou por um mês com os bancos, e o percentual de aumento, além de ser menos da metade que o pretendido, foi oferecido verbalmente, sem qualquer garantia documental.


Durante a assembleia os bancários decidiram unanimente pela greve. Quase a totalidade das agências bancárias do estado está parada e apenas os serviços de caixa eletrônico estão funcionando.


O reflexo da greve dos bancários pode ser vista na casa lotérica da cidade, pois os clientes da Caixa Econômica que precisam fazer algum tipo de serviço que não esta disponível no autoatendimento, tem a lotérica como única alternativa.


E mesmo com os bancários em greve a movimentação das agências ainda era considerado normal, o fluxo de pessoas deve aumentar até o inicio da próxima semana quando tem inicio o pagamento de aposentadorias e pensões.


O que querem os bancários:


• 11% de reajuste salarial.

• Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário míni mo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.


• PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

• Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.


• Previdência complementar em todos os bancos.

• Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.


• Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

• Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.


• Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.